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Ruy Guerra começa a filmar livro de García Márquez
O cineasta brasileiro Ruy Guerra, firme partidário da integração com a Argentina, rodou nos arredores de Buenos Aires cenas de seu próximo filme, A Má Hora, baseado em livro homônimo do colombiano Gabriel García Márquez.
"Argentina e Brasil têm de se unir mais, é fundamental para a cultura dos dois países", disse um dos integrantes do Cinema Novo, em declarações publicadas pelo jornal Clarín, que o entrevistou no delta do Tigre.
A Má Hora é uma co-produção entre Argentina, Brasil e Portugal, algo que Guerra, nascido em Moçambique há 72 anos, queria que fosse mais freqüente.
"É importante fazer co-produções entre nós", disse o diretor de Os Cajafestes (1962). "O Brasil é muito grande e por isso se fecha em si mesmo. Estamos afastados entre nós, e os países hispânicos ficam mais longe ainda. Mas não há nenhum estigma cultural, embora seja mais fácil ver um filme brasileiro ou argentino na Europa do que em um país latino-americano", observou Ruy Guerra.
Como exemplo desse problema, que atribuiu à hegemonia das grandes distribuidoras americanas, assinalou que Eréndira, outro filme seu baseado em uma obra de García Márquez, foi concluído em 1983, mas na Colômbia só foi visto na década de 90.
"É uma aberração", disse Ruy Guerra, que defende a necessidade de não copiar o modelo do cinema americano. "O modelo narrativo do cinema americano impõe regras de dramaturgia muito primárias. É preciso rompê-las. Esses filmes seguem um modelo industrial que é sempre o mesmo e que não abarca nem sequer a cultura americana, e muito menos a nossa", disse.
Ruy Guerra retomou a idéia de rodar A Má Hora depois de 20 anos de havê-la contemplado pela primeira vez, e conseguiu a autorização de "Gabo" no México.
"Argentina e Brasil têm de se unir mais, é fundamental para a cultura dos dois países", disse um dos integrantes do Cinema Novo, em declarações publicadas pelo jornal Clarín, que o entrevistou no delta do Tigre.
A Má Hora é uma co-produção entre Argentina, Brasil e Portugal, algo que Guerra, nascido em Moçambique há 72 anos, queria que fosse mais freqüente.
"É importante fazer co-produções entre nós", disse o diretor de Os Cajafestes (1962). "O Brasil é muito grande e por isso se fecha em si mesmo. Estamos afastados entre nós, e os países hispânicos ficam mais longe ainda. Mas não há nenhum estigma cultural, embora seja mais fácil ver um filme brasileiro ou argentino na Europa do que em um país latino-americano", observou Ruy Guerra.
Como exemplo desse problema, que atribuiu à hegemonia das grandes distribuidoras americanas, assinalou que Eréndira, outro filme seu baseado em uma obra de García Márquez, foi concluído em 1983, mas na Colômbia só foi visto na década de 90.
"É uma aberração", disse Ruy Guerra, que defende a necessidade de não copiar o modelo do cinema americano. "O modelo narrativo do cinema americano impõe regras de dramaturgia muito primárias. É preciso rompê-las. Esses filmes seguem um modelo industrial que é sempre o mesmo e que não abarca nem sequer a cultura americana, e muito menos a nossa", disse.
Ruy Guerra retomou a idéia de rodar A Má Hora depois de 20 anos de havê-la contemplado pela primeira vez, e conseguiu a autorização de "Gabo" no México.
Fonte:
Agência EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/385011/visualizar/
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