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Quarta - 17 de Outubro de 2012 às 14:59

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Marcelo Ferraz/G1
Pulmão inflável está instalado no estacionamento do ginásio da UFMT em Cuiabá
Pulmão inflável está instalado no estacionamento do ginásio da UFMT em Cuiabá

Após um pulmão inflável de 220 metros quadrados ser instalado nesta terça-feira (16), no estacionamento da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), alunos de escolas públicas, acadêmicos e professores participaram das atividades do projeto denominado “ Mato Grosso Sem Fumaça”. Deste modo, através do contanto com as informações sobre a prevenção das queimadas e das consequências que a inalação da fumaça causa no organismo humano, os participantes do evento puderam vivenciar todo ciclo de educação ambiental e de saúde corporal criado no projeto. A estrutura ficará montada e aberta ao público até o dia 21 de outubro.       

De acordo com Gisele Gomes, gerente de Educação Ambiental da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc), o trabalho realizado dentro do pulmão inflável tem o intuito de levar o maior numero de informação para população que, em um só lugar, poderá receber todo conhecimento possível sobre os malefícios causados pela fumaça das queimadas, do tabagismo e a exposição da fumaça advinda do fogão à lenha.
         
“Da forma mais abrangente e de forma lúdica estamos levando informação para os alunos e para a população. Assim, queremos despertar o interesse das pessoas para que elas saiam daqui mais sensíveis para combater e para evitar determinados hábitos que fazem mal à saúde dela, de outras pessoas e do meio ambiente de forma em geral”, salientou a coordenadora do projeto, Gisele Gomes.    

Maléficos da fumaça
Para a presidente da sociedade de Pneumologista de Mato Grosso, Keyla Medeiros Maia, o projeto tem o intuito de alertar a população sobre todos os problemas causados pela inalação da fumaça, quer seja advindas das queimadas, ou do cigarro, bem como do fogão à lenha. "As doenças relacionadas à exposição crônica da fumaça, elas têm várias coisas em comum. A primeira coisa que adoece é a via respiratória superior. Que é a parte do nariz, da boca e da garganta. Então, as pessoas têm muita renite, sinusite e aquele pigarro que agente costuma ter. A segunda coisa que adoece é a própria via respiratória que recebe parte da fumaça” explicou a pneumologista.

Além disso, a especialista ressaltou que de todas as fumaças a mais comum e complexa é a que vem da combustão do tabaco e pelo número de exposições que os fumantes tem durante o ano inteiro. “ Na parte respiratória inferior nós vamos ter toda parte de asma, brônquica, inclusive as mães gestantes, que são expostas a essa fumaça, têm muito mais probabilidade de terem filhos asmáticos”,  acrescentou.

A pneumologista informou que o câncer de pulmão ocorre quando a mucosa  vai sendo  agredida e se tornando atípica. “A mucosa passa se duplicar de maneira desorganizada gerando o câncer de pulmão”, revelou a especialista.

Projeto
O projeto “MT sem fumaça” também contou com a presença do Corpo de Bombeiros que  explicou o trabalho realizado pela corporação para conter o avanço dos focos de queimadas que todo ano atormenta a população.“Nosso principal papal aqui é alertar sobre as consequências das queimadas urbanas e ruais, que tanto traz transtornos para população e para a saúde  da pessoas, principalmente das crianças e dos idosos”. Relatou o Leilson Moreira Vieira, tenente do  Corpo de Bombeiros.                

O representante do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),  detalhou os números colhidos pelo satélites que identificam esses focos e explicou a importância da população em ajudar nesse trabalho. “Estamos abrindo esses dados para população acompanhar o trabalho de mapeamento desses focos . A partir do momento que a comunidade aprender a navegar no site do Inpe, eles também poderão nos ajudar a denunciar para as autoridades locais, essa práticas ilícitas”, informou Luiz Carlos Nascimento, técnico do Inpe.                     
       
Participantes
De acordo com Marilei Magalhães, professora de biologia da Escola Municipal Liberdade, do bairro Osmar Cabral, em Cuiabá, a conscientização ambiental dos alunos não fica somente em quatro paredes. “Eles costumam ver isso em livros, porém, hoje, eles estão aqui em in loco para poder ver como são os pulmões e entender a questão do cuidado do corpo”, contou a professora.

Para a estudante da Escola Municipal Maria Dimpina Lobo Duarte, as orientações recebidas no projeto “MT sem fumaça” são fundamentais para sociedade apreender a cuidar do organismo. “Eles estão orientando a gente a não entrar nesse mundo (do cigarro). É importante ter esse sistema que está ajudando os estudantes. E também, após receber essas informações, vamos poder ajudar outras pessoas, explicando essas orientações, e assim, ampliando o trabalho de conscientização”, relatou a estudante Maria Eduarda Boaventura, de 13 anos.





Fonte: Do G1 MT

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