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Politica Brasil
Sábado - 24 de Abril de 2004 às 15:31
Por: João Carlos Caldeira

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Dias atrás, li uma reportagem no site AOL, com o título “As loucas baladas dos paulistinhas endinheirados”. Confesso que fiquei preocupado com o futuro da nova geração de jovens de classe média, de patricinhas, mauricinhos, cluber´s, e outros abastados.

Mesmo não tendo filhos (não por opção, mais por contingências da “vida moderna”), fiquei pensando: o que estará acontecendo com os jovens filhos dos empresários, políticos, comerciantes, fazendeiros, médicos e tantos outros de classe média alta e da alta sociedade Mato-grossense?

“Comigo tem que ser assim mesmo. Tudo aos extremos. Gosto de dar para um monte de caras, de misturar Prozac com champanhe, de cheirar cocaína até meu nariz sangrar. E não me importo com a sua opinião moralista, típica de classe média. Tenho dinheiro suficiente para não me preocupar com você ou com mais ninguém. A minha felicidade está na minha conta bancária”.

Esse testemunho é real. A garota de 20 anos, filha de um conhecido empresário do ramo têxtil, deu esse depoimento ao repórter Rodrigo Brancantelli enquanto se preparava para mais uma balada, na noite paulistana.

São jovens que têm a vida inteira pela frente e nenhuma preocupação com assuntos que rondam as mentes da maioria absoluta da população, como a conta de energia, o plano de saúde, o desemprego ou a necessidade de escolha de uma profissão para ganhar a vida.

Os garotos vestem camisa de algum estilista famoso e caro, Herchcovith, Sommer ou Haten, e calça jeans igualmente exclusiva, mas que pareça bem velha. As meninas usam preto, sempre de marca estrangeira, e não desgrudam de suas bolsas Louis Vuitton abarrotadas de ecstays, maconha e eventualmente, camisinhas, descreve o repórter.

Por onde andarão as pajeros, os BMW´s, os Audis e as Pick-up´s em Cuiabá, Várzea Grande, Sorriso, Primavera? O que estarão fazendo os filhos dos endinheirados empresários do agronegócio? Que festas, bares, raves, e motéis estarão os jovens da alta sociedade Mato-grossense?

Na minha modesta e inexperiente opinião, acho que a saída é o fortalecimento e a união da família e do monitoramento constante dos pais sobre todos os atos e atitudes de seus filhos. O acumulo de trabalho, as responsabilidades assumidas com a profissão, não devem jamais, se sobreporem à dedicação e aos cuidados com o que seus filhos devem e merecem .

“Daqui a algumas horas, a estudante de direito estará desmaiada no quarto 231 do Hospital Alvorada, zona sul de São Paulo, com a sua calça Gucci suja de vômito e com um cateter na veia, tomando glicose para rebater o efeito do excesso de álcool. Mal irá se lembrar que na noite anterior, fumou dois cigarros de maconha, tomou um ecstasy na forma de coração e outro na forma das orelhas do Mickey Mouse, bebido uma garrafa inteira de Moet et Chandon e ter feito sexo com dois garotos que nunca viu na vida”.

Espero sinceramente, nunca ter a infelicidade de ler uma situação dessas, real, descrita pelo repórter da AOL em São Paulo, nos noticiários e jornais de Mato Grosso.

Ninguém merece isso!

João Carlos Caldeira Empresário, jornalista, pós-graduado em administração de turismo, hotelaria e lazer. E-mail: joaocmc@terra.com.br




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