Eurico é intimado a depor após supostas agressões

O presidente do Vasco, Eurico Miranda, vai ser intimado a prestar depoimento nesta segunda-feira até às 19h na 18 Delegacia de Polícia, em São Cristovão. Eurico foi acusado pelo soldado Jean Pierre, do Gepe, como o agressor do repórter Carlos Monteiro, do jornal O Dia, em um tumulto na noite de domingo, no Maracanã, após o Vasco perder a final para o Flamengo.

A confusão ocorreu após o assessor de imprensa do Vasco, Roberto Garófalo, informar aos jornalistas que estavam no estacionamento do Maracanã que o presidente Eurico Miranda não falaria naquele dia, pois estava chateado, e que havia marcado uma entrevista coletiva para segunda, às 15h, em São Januário, como havia prometido.

Quando Eurico se dirigia para seu carro, o jornalista Carlos Monteiro, do jornal O Dia, se aproximou e perguntou o que "ele faria com o chope", que havia comprado para a comemoração do título do Vasco. Eurico não respondeu à pergunta e entrou em seu carro.

A pergunta foi feita novamente e um torcedor, identificado como funcionário da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, insultou o jornalista. Neste momento, Eurico saiu do carro e pôs o dedo na cara do repórter. Formou-se um tumulto com vários seguranças e repórteres e, na confusão, Carlos Monteiro foi agredido por trás.

Ao ver o jornalista Fábio Azevedo, da Rádio Globo, no local, Eurico o insultou e tentou agredi-lo, mas foi contido por seguranças, não ocorrendo agressão física.

O soldado do Gepe, Jean Pierre, foi o único a identificar em seu depoimento no Jecrim (Juizado Especial Criminal) que o presidente do Vasco, Eurico Miranda, foi o agressor de Carlos Monteiro. Por isso, o advogado Luis Roberto Leven Siano pediu que Eurico fosse intimado em flagrante, obrigando-o a depor.

Na ocorrência, foi incluída uma frase do vice-jurídico do Vasco, Paulo Reis, que após a confusão falou que se estivesse no lugar do presidente eurico Miranda teria feito o mesmo e que a imprensa precisa respeitar a figura do presidente.