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Paradigma eleitoral
As eleições municipais de 2004 estão colocando nas mãos do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, talvez, a maior de todas as chances de quebrar paradigmas, conforme prometeu durante a sua campanha eleitoral em 2002.
A questão é que as eleições municipais são a base para a construção de poder político e uma forte arma usada tradicionalmente na manutenção de grupos políticos. Os resultados municipais sempre foram munição pesada para as eleições de governador, de senador e parlamentares estaduais e federais.
Porém, há um custo financeiro altíssimo nesse processo. De olho na próxima eleição o partido que detém o poder na época das eleições municipais sempre entra de cabeça para eleger seus filiados a prefeito e a vereadores. Esse custo financeiro costuma envolver dinheiro público através da destinação de obras eleitorais, do desvio de recursos através de super-faturamento e de medições pouco honestas das obras realizadas. Ou seja, a sociedade paga um preço muito alto para a constituição e para a manutenção do poder de grupos políticos.
O governador Maggi pode quebrar esse paradigma se mantiver o propósito que tem revelado na intimidade de deixar que os municípios resolvam a sua questão política, sem a sua participação tanto nos palanques quanto, especialmente, no pagamento do custo das eleições com dinheiro público. Se fizer isto, certamente estará se credenciando para entrar para a História como ator na construção de uma política moderna transparente e realmente representativa.
Ambiente para isso existe claramente. Vou citar quatro municípios onde esse ambiente está formado. Mas existe uma lista muito grande de outros municípios com a mesma atitude:
1- Sinop – o empresário Paulo Fiúza é candidato a prefeito pelo PPS. Trata-se de um empresário moderno com uma visão muito pragmática da administração pública e do bem-estar coletivo;
2- Colíder – o empresário Celso Banazeski é candidato a prefeito com a mesma atitude de responsabilidade social e de gestão pragmática;
3- Rondonópolis - o empresário Gilber Goellner é candidato a prefeito com a visão de grande empresário e a conseqüente responsabilidade social e pragmatismo em relação à sociedade;
4- Tangará da Serra – o empresário Clovis Batista, um homem jovem e de grande experiência privada, é candidato a prefeito, com a mesma atitude pragmática.
O exemplo desses quatro candidatos e de todos os demais empresários que estão chegando ao poder municipal em Mato Grosso dispensa o uso do dinheiro público na construção de uma eleição que, no final, acaba ilegítima, apesar de cumprir o ritual da democracia. Aliás, esse tipo de democracia é muito mais autoritário do que o autoritarismo que pretende negar. Empresários fazem eleições mais baratas porque conhecem os caminhos da receita para se ganhar dinheiro..v Se o governador Maggi conseguir quebrar esse paradigma nestas eleições municipais, terá prestado um grande serviço à História de Mato Grosso.
* Onofre Ribeiro é Jornalista em Cuiabá. (www.onofreribeiro.com.br)
A questão é que as eleições municipais são a base para a construção de poder político e uma forte arma usada tradicionalmente na manutenção de grupos políticos. Os resultados municipais sempre foram munição pesada para as eleições de governador, de senador e parlamentares estaduais e federais.
Porém, há um custo financeiro altíssimo nesse processo. De olho na próxima eleição o partido que detém o poder na época das eleições municipais sempre entra de cabeça para eleger seus filiados a prefeito e a vereadores. Esse custo financeiro costuma envolver dinheiro público através da destinação de obras eleitorais, do desvio de recursos através de super-faturamento e de medições pouco honestas das obras realizadas. Ou seja, a sociedade paga um preço muito alto para a constituição e para a manutenção do poder de grupos políticos.
O governador Maggi pode quebrar esse paradigma se mantiver o propósito que tem revelado na intimidade de deixar que os municípios resolvam a sua questão política, sem a sua participação tanto nos palanques quanto, especialmente, no pagamento do custo das eleições com dinheiro público. Se fizer isto, certamente estará se credenciando para entrar para a História como ator na construção de uma política moderna transparente e realmente representativa.
Ambiente para isso existe claramente. Vou citar quatro municípios onde esse ambiente está formado. Mas existe uma lista muito grande de outros municípios com a mesma atitude:
1- Sinop – o empresário Paulo Fiúza é candidato a prefeito pelo PPS. Trata-se de um empresário moderno com uma visão muito pragmática da administração pública e do bem-estar coletivo;
2- Colíder – o empresário Celso Banazeski é candidato a prefeito com a mesma atitude de responsabilidade social e de gestão pragmática;
3- Rondonópolis - o empresário Gilber Goellner é candidato a prefeito com a visão de grande empresário e a conseqüente responsabilidade social e pragmatismo em relação à sociedade;
4- Tangará da Serra – o empresário Clovis Batista, um homem jovem e de grande experiência privada, é candidato a prefeito, com a mesma atitude pragmática.
O exemplo desses quatro candidatos e de todos os demais empresários que estão chegando ao poder municipal em Mato Grosso dispensa o uso do dinheiro público na construção de uma eleição que, no final, acaba ilegítima, apesar de cumprir o ritual da democracia. Aliás, esse tipo de democracia é muito mais autoritário do que o autoritarismo que pretende negar. Empresários fazem eleições mais baratas porque conhecem os caminhos da receita para se ganhar dinheiro..v Se o governador Maggi conseguir quebrar esse paradigma nestas eleições municipais, terá prestado um grande serviço à História de Mato Grosso.
* Onofre Ribeiro é Jornalista em Cuiabá. (www.onofreribeiro.com.br)
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/385694/visualizar/
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