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Cultura
Sexta - 16 de Abril de 2004 às 15:26
Por: Andréia Fontes

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A Assembléia Legislativa vai realizar, no dia 05 de maio, uma Sessão Solene em Santo Antônio de Leverger, em homenagem a Cândido Mariano da Silva Rondon. De autoria dos deputados José Riva (PTB), presidente da Assembléia, e Silval Barbosa (PMDB), primeiro-secretário, o requerimento foi assinado por todas as lideranças. Na ocasião, o governo do Estado estará lançando as obras do Memorial Rondon, com uma área total de 2,5 mil metros quadrados.

Em homenagem a Rondon e para marcar a criação do Memorial, Riva e Silval ainda apresentam duas indicações, sendo uma ao presidente nacional dos correios, Airton Dipp, para a criação de um selo e a segunda ao presidente nacional da Brasil Telecom, para a criação de um cartão telefônico.

“Esta sessão tem como objetivo homenagear o mimosiano Cândido Rondon, sertanista e militar, reconhecido celebremente como engenheiro de comunicação telegráfica e como fundador da política indigenista brasileira”, ressaltou o presidente da Assembléia.

História Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu a 5 de maio de 1865, em Mimoso, Mato Grosso. Faleceu no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1958, aos 92 anos. Rondon recebeu o título de Patrono da Arma de Comunicações do Exército Brasileiro, sendo seu aniversário definido como o Dia Nacional das Comunicações. Aos 90 anos, Rondon recebeu as insígnias do posto de marechal.

Rondon foi criado pelo avô e por um tio, de quem herdou e incorporou o sobrenome pelo qual é conhecido. Durante sua vida, Rondon dedicou-se a ligação dos mais afastados pontos da fronteira centro-oeste e norte e do sertão brasileiro aos principais centros urbanos e a integração do indígena à civilização.

Na primeira empreitada, Rondon desbravou mais de 50.000 Km de sertão e estendeu mais de 2.000 Km de fios de cobre pelas regiões do País. Como indigenista, pacificou tribos, estudou os usos e costumes dos habitantes dos lugares percorridos, participou da criação de medidas legais de proteção aos silvícolas, sendo assim, a 7 de setembro de 1910, nomeado diretor da Fundação do Serviço de Proteção aos Índios (precursora da atual Fundação Nacional do Índio).

Além dessas conquistas, as expedições de Rondon também contribuíram para que 15 novos rios viessem a figurar em nossos mapas; o Museu Nacional enriquecesse com 20.000 exemplares de nossa fauna e flora, devidamente inventariados; enorme área de 500.000 quilômetros quadrados fosse integrada, pela comunicação, ao espaço brasileiro; e fossem compilados, em 70 volumes, relatórios alusivos à biologia, geologia, hidrografia e outros aspectos das regiões por ele percorridas.

O reconhecimento da obra de Rondon extrapolou as fronteiras do Brasil. Seu nome foi escrito em letras de ouro maciço no Livro da Sociedade de Geografia de Nova Iorque, como o explorador que penetrou mais profundamente em terras tropicais. :




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