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Politica Brasil
Quarta - 14 de Abril de 2004 às 18:09
Por: Adriana Vandoni Curvo

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Quando Lula assumiu o poder todos esperavam mudanças, novos planos, novos rumos. Depositaram nele a esperança da inovação em busca de soluções para os problemas seculares de desigualdade social e má distribuição de oportunidades.

Compôs seu primeiro escalão distribuindo os Ministérios considerados de maior relevância, aos companheiros de partido e os de menor significância, para agradar partidos aliados.

Hoje podemos classificar seus ministros por categorias: primeiro os fiéis companheiros que, como plano de trabalho, ou copiaram a herança deixada pela administração passada ou resolveram inovar e acabaram criando verdadeiros monstros inaplicáveis, inviáveis e semidementes. Logo dos companheiros, de quem esperávamos idéias novas e soluções concretas. Aqueles doutores que emprestaram seus nomes e suas imagens durante o horário eleitoral, estrategicamente escolhidos por Duda Mendonça, escafederam-se.

A segunda categoria de ministros são os considerados pelo neo-partidão como novos aliados. A eles deram os ministérios, digamos, paralelos, sem muita significância. Pois veio de um deles a grande surpresa. Considerado de um partido “fisiologista”, o Ministro Valfrido Mares Guia, aceitou a pasta do turismo e está para realizar uma grande modificação em uma área sempre tão secundária.

O Ministro do Turismo é um dos poucos que inovou e montou um planejamento estratégico para impulsionar o setor. Ele percebeu que sem investimentos e planos eficientes, só a natureza não traria divisas para o país.

O turismo sempre foi considerado como um setor de prestação de serviços, mas, pelas suas ramificações, também se classifica como setor industrial, na produção de equipamentos e materiais industrializados para as atividades de lazer, com importante participação na proteção ao meio ambiente o que o caracteriza também no setor primário. Isso amplia o papel do turismo na geração de emprego, vale ressaltar que de cada nove empregos gerados no mundo, um é decorrente da atividade turística. Seria de grande valia para um país, onde, de cada quatro pessoas empregadas uma está sem emprego.

Sem contar na importante contribuição para fixar o homem em sua terra. O que leva à migração é falta de perspectiva em sua terra natal e o turismo gera oportunidades, revela perspectivas.

Claro que um belo plano não resolve os problemas como num passe de mágica. É preciso haver interesse dos governos estaduais e municipais para trabalharem juntos na capacitação de mão-de-obra e na manutenção e construção de infra-estrutura. Mas, acima de tudo, é preciso que haja uma articulação mais efetiva dos empresários do setor. Sem essa mobilização nada sairá do papel nem se houver empenho dos governos estaduais e municipais. * Adriana Vandoni Curvo - Escreve para o Reporter News




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