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Confusões e mais confusões no PPS
A situação da candidatura a prefeito de Cuiabá pelo PPS vem revelando uma sucessão de desentendimentos provocados muito mais pelo amadorismo do que pelas complexidades políticas.
O partido chegou a um ponto muito claro: não tem candidato a prefeito, depois de “queimar” duas candidaturas partidárias perfeitamente viáveis. Primeiro o chefe da Casa Civil do governo estadual, deputado Carlos Brito, que deixou o cargo para disputar e foi defenestrado sem maiores razões, em favor do também deputado estadual Sérgio Ricardo. Este, agora caminha para o isolamento pela mesma tática usada contra Carlos Brito.
Bom, diria o leitor: mas o partido deve ter razões sólidas para isso e uma boa candidatura mais abrangente. Não tem. Ao contrário, buscou um nome no PMDB que apareceu ontem na pesquisa Ipec /diário com 1%, contra 22,12% do deputado Sérgio Ricardo a quem substituirá com o sonho de eleger-se.
Mas diante da polêmica das candidaturas no partido, surgem discussões novas. Entre elas a de que o PPS não se importa com a sigla. Importa-se com a candidatura. O PPS se revela como um guarda-chuva onde algumas pessoas completamente diferentes entre si dividem o espaço a o tempo melhorar.
Se for assim, então resta a possibilidade de que o próximo passo do prefeito Roberto França e do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, será deixar o partido e migrarem para o PMDB. Aliás, o governador não tem escondido o seu desagrado com o desprestígio nacional do PPS. Tem apenas o ministro Ciro Gomes, que não vai bem e pode deixar o governo no primeiro vendaval. Não se dão com o presidente nacional, deputado Roberto Freire, um comunista histórico que tem se revelado descontente com as adesões sem eira e nem beira ideológicas como a do próprio Blairo Maggi e do prefeito Roberto França.
Dessa forma, se prevalecer a candidatura do secretário de Obras da prefeitura de Cuiabá, Marcelo de Oliveira, compreende-se facilmente que:
1- o governador e o prefeito de Cuiabá estão de malas prontas para migrarem do PPS para o PMDB;
2- logo, a candidatura do deputado Sérgio Ricardo, realmente, não lhes interessa e nem ao partido;
3- tampouco a candidatura Carlos Brito interessaria;
4- a escolha do candidato a prefeito de Cuiabá serviria de escudo como desculpas e justificativas para troca de partido;
5- porém, o fato é que se isso ocorrer, tanto o governador Maggi quanto o prefeito Roberto França e filiados cairão sob a tutela da mão de ferro do ex-senador Carlos Bezerra, um histórico senhor de capitania hereditária. Vão deixar de ser chefes para serem soldados de um PMDB sem causa;
6- por fim, esta é uma salada de muitos temperos e nenhuma coerência.
A impressão que o eleitor tem é a de que o pessoal do PPS caiu do caminhão de mudança e está perdido”.
* Onofre Ribeiro é Jornalista em Cuiabá e escreve para o Reporter News
O partido chegou a um ponto muito claro: não tem candidato a prefeito, depois de “queimar” duas candidaturas partidárias perfeitamente viáveis. Primeiro o chefe da Casa Civil do governo estadual, deputado Carlos Brito, que deixou o cargo para disputar e foi defenestrado sem maiores razões, em favor do também deputado estadual Sérgio Ricardo. Este, agora caminha para o isolamento pela mesma tática usada contra Carlos Brito.
Bom, diria o leitor: mas o partido deve ter razões sólidas para isso e uma boa candidatura mais abrangente. Não tem. Ao contrário, buscou um nome no PMDB que apareceu ontem na pesquisa Ipec /diário com 1%, contra 22,12% do deputado Sérgio Ricardo a quem substituirá com o sonho de eleger-se.
Mas diante da polêmica das candidaturas no partido, surgem discussões novas. Entre elas a de que o PPS não se importa com a sigla. Importa-se com a candidatura. O PPS se revela como um guarda-chuva onde algumas pessoas completamente diferentes entre si dividem o espaço a o tempo melhorar.
Se for assim, então resta a possibilidade de que o próximo passo do prefeito Roberto França e do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, será deixar o partido e migrarem para o PMDB. Aliás, o governador não tem escondido o seu desagrado com o desprestígio nacional do PPS. Tem apenas o ministro Ciro Gomes, que não vai bem e pode deixar o governo no primeiro vendaval. Não se dão com o presidente nacional, deputado Roberto Freire, um comunista histórico que tem se revelado descontente com as adesões sem eira e nem beira ideológicas como a do próprio Blairo Maggi e do prefeito Roberto França.
Dessa forma, se prevalecer a candidatura do secretário de Obras da prefeitura de Cuiabá, Marcelo de Oliveira, compreende-se facilmente que:
1- o governador e o prefeito de Cuiabá estão de malas prontas para migrarem do PPS para o PMDB;
2- logo, a candidatura do deputado Sérgio Ricardo, realmente, não lhes interessa e nem ao partido;
3- tampouco a candidatura Carlos Brito interessaria;
4- a escolha do candidato a prefeito de Cuiabá serviria de escudo como desculpas e justificativas para troca de partido;
5- porém, o fato é que se isso ocorrer, tanto o governador Maggi quanto o prefeito Roberto França e filiados cairão sob a tutela da mão de ferro do ex-senador Carlos Bezerra, um histórico senhor de capitania hereditária. Vão deixar de ser chefes para serem soldados de um PMDB sem causa;
6- por fim, esta é uma salada de muitos temperos e nenhuma coerência.
A impressão que o eleitor tem é a de que o pessoal do PPS caiu do caminhão de mudança e está perdido”.
* Onofre Ribeiro é Jornalista em Cuiabá e escreve para o Reporter News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/386160/visualizar/
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