O total de vegetação perdida equivale a 269 vezes o tamanho do Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
Segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), que usa imagens de satélite para detectar áreas devastadas, o Pará concentrou mais da metade da degradação florestal (68%), com 295 km², seguido de Mato Grosso, 62 km², e Rondônia, 53 km². O Amazonas teve perda de 11 km², seguido do Tocantins, com 10 km², e Acre, com 1 km². Não há dados sobre o Maranhão e o Amapá.
Somados, os dados de agosto e setembro fornecidos pelo Imazon apontam uma perda de 663 km² de vegetação, quantidade 62% maior em relação ao mesmo período de 2011.
Geografia do desmate
O levantamento do Imazon revela ainda que a maior parte do desmate (68%) observada em setembro ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. Além disso, a perda somada em terras Indígenas, unidades de conservação e assentamentos de reforma agrária foi de 138 km².
Ainda segundo o sistema da ONG, das oito cidades que mais desmataram a floresta amazônica, oito estão no Pará. Altamira foi a principal responsável, com 126,3 km² de cobertura vegetal perdida.
Desmatamento registrado em Porto Velho, Rondônia (Foto: Divulgação/Greenpeace/Marizilda Cruppe/EVE)
Governo usa dados do Inpe
A quantidade de floresta amazônica perdida no bimestre agosto e setembro, segundo o Imazon, é menor que a área registrada pelo sistema de detecção do Desmatamento em Tempo Real, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Essa é a informação usada pelo governo federal para organizar ações de combate e fiscalização na Amazônia Legal.
De acordo com o levantamento utilizado pelo Ministério do Meio Ambiente, entre agosto e setembro houve perda de 804 km² de floresta, com pico em agosto. Segundo o governo, a alta no desmatamento estaria ligada à seca forte e atípica deste ano, que favoreceu queimadas, à exploração ilegal de madeira, ao plantio de soja e, em alguns casos, à extração de ouro
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