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MT Eleições 2014
Terça - 16 de Outubro de 2012 às 01:18
Por: Rodrigo Vargas

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No saguão do aeroporto Marechal Rondon, pouco antes de ir à Brasília, senador reforça acusações a Riva
No saguão do aeroporto Marechal Rondon, pouco antes de ir à Brasília, senador reforça acusações a Riva

O embate inicial do segundo turno não foi travado pelos candidatos a prefeito de Cuiabá, mas pelo senador Pedro Taques (PDT) e o deputado José Riva (PSD), presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

O senador, que é um dos principais apoiadores do empresário Mauro Mendes (PSB), criticou no horário eleitoral gratuito o repasse extra de R$ 34 milhões feito pelo governo do Estado ao Legislativo, sob a justificativa de excesso de arrecadação.

Taques relacionou a medida ao momento de crise vivido na saúde por conta do atraso nos repasses às prefeituras. “Por que tem excesso de arrecadação e falta dinheiro para a saúde do povo?”, questionou o congressista, em sua fala na TV.

Ontem, Riva reagiu, atribuindo a vinculação entre os episódios a “desespero” da campanha de Mendes. O deputado criticou, ainda, a atuação de Taques, que, segundo ele, traz poucos recursos a Mato Grosso, e o chamou de “falso moralista”.

Em entrevista concedida pouco antes de embarcar a Brasília, Taques reafirmou as críticas e disse que o desespero é “do cidadão que está morrendo na porta do hospital”.

“Mato Grosso deve mais de R$ 9 milhões para Cuiabá e mais de R$ 70 milhões para os municípios do Estado e não repassa. Mas, ao mesmo tempo, faz o repasse para a Assembleia”.

O senador mencionou o fato de o maior dos repasses (R$ 23 milhões) ter sido realizado “por coincidência” a três dias do primeiro turno. “O Riva e o governador do Estado é que devem explicação, não eu”.

Sobre o tom da reação de Riva, o senador disse ver conexão com um suposto projeto de candidatura do deputado ao governo em 2014. “Eu espero que o deputado Riva seja candidato, para que a sociedade possa dar a ele a resposta que ele merece”, disse Taques, que já confirmou interesse em disputar o cargo.

O senador definiu o presidente da Assembleia como um “homem triste”. “Ele deve passar a noite pensando que a polícia vai entrar na casa dele às seis da manhã para fazer uma busca e apreensão”.

Sobre seu mandato, Taques negou que tenha destinado poucos recursos para o Estado. “Dos R$ 15 milhões que cada senador tem, eu destinei R$ 3 milhões para a área de saúde. Agora, por mais que eu traga recursos, dificilmente vou chegar aos R$ 300 milhões que, segundo o Ministério Público, o Riva desviou”.

O senador disse que o apoio do deputado ao petista Lúdio Cabral é feito “às escondidas”. “Riva apoia Lúdio, mas não pode aparecer em carreatas, em eventos. Eu apoio o Mauro Mendes, não tenho vergonha disso e o Mauro não tem vergonha do meu apoio.”

Repasses - Em nota divulgada ontem, o governo do Estado afirmou que fez repasses à Educação e Saúde em julho passado e atribuiu as críticas a “oportunismos eleitoreiros”.

“O governo [...] trabalha para que até novembro os mesmos estejam regularizados”.






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