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Ouriço é o animal marinho que mais fere pessoas
São Paulo - O pesquisador Vidal Haddad Junior, da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu (SP), analisou 236 acidentes causados por animais marinhos e outros 200 acidentes envolvendo pescadores de água doce no Brasil nos últimos anos. Constatou que o ouriço do mar provocou metade (50%) dos ferimentos registrados enquanto, nos rios, piranhas e traíras foram os peixes que mais feriram pessoas (55%).
Depois do ouriço, os animais marinhos mais citados nos registros foram águas-vivas e caravelas (cnidários), em 25% dos casos, enquanto outros 25% envolveram bagres, arraias e peixes-escorpião, classificados como peixes venenosos. Nos incidentes em água doce, o segundo lugar ficou com bagres e mandis (40%) e o terceiro com arraias de água doce (5%).
Espinhos e veneno Os problemas com ouriços do mar ocorrem geralmente quando banhistas e pescadores pisam na couraça espinhosa (espículas) dos animais. "O maior problema é a dificuldade de extração das espículas ", comenta Haddad em seu estudo, publicado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Casos mais sérios podem ocorrer porque ao lado das espículas existem estruturas que contêm veneno capaz de provocar reações graves no corpo humano.
Os peixes-escorpião causam os acidentes mais graves, pois seu forte veneno pode causar necroses e até reações neurológicas. As ocorrências, entretanto, são mais raras do que os registros com bagres marinhos, cujos ferrões venenosos no dorso e laterais “causam quadros dolorosos em pescadores e banhistas", segundo Haddad.
Dentes e ferrões
Em água doce, os pescadores se ferem principalmente com piranhas e traíras, cujos dentes cortantes são um perigo para mãos e pés durante a pescaria e o transporte. Bagres e mandis, com seus ferrões dorsais e laterais, também ferem as mãos de pescadores menos experientes e os pés dos que pisam descalços em suas tocas nos barrancos.
Com o estudo, Haddad trabalha para sistematizar informações sobre incidentes e, principalmente, melhorar o tratamento das vítimas. "É de se lamentar que envenenamentos de graves conseqüências, como os provocados por cnidários e peixes, sejam passíveis de terapias nem sempre baseadas em dados cientificamente comprovados , mesmo em ambientes hospitalares", diz Haddad no seu artigo.
Primeiros socorros Ferimentos por ouriços exigem instrumentos adequados para a extração de pontas de espículas, o que só pode ser feito num pronto socorro ou hospital. Da mesma forma, um corte mais profundo feito por piranha ou traíra requer uma limpeza imediata e curativos adequados (pontos, muitas vezes).
Já no caso de águas-vivas e caravelas, há algumas dicas preciosas para os primeiros socorros. Pode-se aplicar compressas de água do mar (nunca água doce) gelada, para diminuir a dor, e banhos de vinagre no local atingido. Segundo Haddad, o vinagre desativa substâncias tóxicas. A água doce intensifica o envenenamento.
Depois do ouriço, os animais marinhos mais citados nos registros foram águas-vivas e caravelas (cnidários), em 25% dos casos, enquanto outros 25% envolveram bagres, arraias e peixes-escorpião, classificados como peixes venenosos. Nos incidentes em água doce, o segundo lugar ficou com bagres e mandis (40%) e o terceiro com arraias de água doce (5%).
Espinhos e veneno Os problemas com ouriços do mar ocorrem geralmente quando banhistas e pescadores pisam na couraça espinhosa (espículas) dos animais. "O maior problema é a dificuldade de extração das espículas ", comenta Haddad em seu estudo, publicado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Casos mais sérios podem ocorrer porque ao lado das espículas existem estruturas que contêm veneno capaz de provocar reações graves no corpo humano.
Os peixes-escorpião causam os acidentes mais graves, pois seu forte veneno pode causar necroses e até reações neurológicas. As ocorrências, entretanto, são mais raras do que os registros com bagres marinhos, cujos ferrões venenosos no dorso e laterais “causam quadros dolorosos em pescadores e banhistas", segundo Haddad.
Dentes e ferrões
Em água doce, os pescadores se ferem principalmente com piranhas e traíras, cujos dentes cortantes são um perigo para mãos e pés durante a pescaria e o transporte. Bagres e mandis, com seus ferrões dorsais e laterais, também ferem as mãos de pescadores menos experientes e os pés dos que pisam descalços em suas tocas nos barrancos.
Com o estudo, Haddad trabalha para sistematizar informações sobre incidentes e, principalmente, melhorar o tratamento das vítimas. "É de se lamentar que envenenamentos de graves conseqüências, como os provocados por cnidários e peixes, sejam passíveis de terapias nem sempre baseadas em dados cientificamente comprovados , mesmo em ambientes hospitalares", diz Haddad no seu artigo.
Primeiros socorros Ferimentos por ouriços exigem instrumentos adequados para a extração de pontas de espículas, o que só pode ser feito num pronto socorro ou hospital. Da mesma forma, um corte mais profundo feito por piranha ou traíra requer uma limpeza imediata e curativos adequados (pontos, muitas vezes).
Já no caso de águas-vivas e caravelas, há algumas dicas preciosas para os primeiros socorros. Pode-se aplicar compressas de água do mar (nunca água doce) gelada, para diminuir a dor, e banhos de vinagre no local atingido. Segundo Haddad, o vinagre desativa substâncias tóxicas. A água doce intensifica o envenenamento.
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/386987/visualizar/
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