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Museu expõe rica coleção de arte das irmãs Klabin
São Paulo - Duas coleções que, segundo os especialistas, rivalizam com importantes acervos europeus e sem dúvida figuram entre os principais núcleos de arte de origem privada do País. Raridade ainda maior: duas coleções criadas, a partir da década de 40, por duas mulheres, duas irmãs, Eva e Ema, que reuniram ao longo de décadas o que encontraram de melhor no mercado de arte brasileiro e internacional, numa ação apaixonada, dedicada e muitas vezes marcada por uma saudável rivalidade.
Um raro encontro entre essas duas coleções pode ser visto a partir de hoje na Pinacoteca do Estado, numa interessante lição sobre colecionismo, dedicação à arte e as diferentes formas de se tratar um acervo. Afinal, reunidas sob um mesmo título genérico - Universos Sensíveis -, o público tem à disposição exposições independentes, separadas por uma única sala comum, na qual é apresentada a biografia da família, de origem judia e lituana. O pai, Hessel Klabin, é um dos sócios-fundadores da primeira indústria de papel e celulose da América Latina.
Se o visitante tomar o caminho da esquerda refará o percurso de Ema Klabin, cujo acervo se encontra num casarão da Av. Europa e que deve ser transformado em breve em museu. O caminho da direita leva a uma visão mais diagonal da coleção reunida pela fascinante figura de Eva Klabin, a mais velha da dupla e que já teve sua casa na Lagoa, Rio, transformada em espaço museológico.
Em ambos os percursos há obras de encher os olhos, assinadas por mestres como Soutine e Chagall, Botticelli e Tintoretto, Mestre Valentim ou Lasar Segall (cuja mulher era prima delas). Há também peças raríssimas, de autoria desconhecida, mas absolutamente fascinantes como as preciosidades arqueológicas (romanas, gregas, chinesas e de outras civilizações antigas) de Eva ou a pequena e maravilhosa coleção de esculturas africanas, uma das últimas aquisições de Ema.
Eva e Ema viveram muito (tinham 86 e 87 anos quando morreram), foram agentes culturais e econômicas de grande relevância - foi em nome do pai que Ema doou, por exemplo, a verba necessária para a compra do terreno do futuro hospital Albert Einstein - e deixaram um rico legado histórico e artístico.
Um fato curioso demonstra a importância dessas duas personalidades no cenário cultural brasileiro. Tanto o diretor da Pinacoteca do Estado, Marcelo Araújo, como o do Museu Nacional de Belas Artes (próximo destino da exposição), Paulo Herkenhoff, tiveram um envolvimento direto com o trabalho de catalogação das obras e com as fundações criadas pelas colecionadores para abrigar seus acervos, colaborando com o trabalho de organização dos acervos e, com isso, ajudando a construir a própria forma de pensar a arte.
Ora muito parecidas, ora complementares em sua diversidade, a seleção exposta agora (em cada um dos núcleos é possível ver cerca de 10% dos acervos originais) também contribui de forma importante para incentivar os colecionadores privados a tornarem públicas suas coleções. "Muitas vezes pensamos que precisamos viajar para ver certas coisas e, no entanto, temos esses artistas aqui e com obras de grande qualidade", afirma o coordenador-geral da Fundação Ema Klabin, Paulo de Freitas Costa.
Um raro encontro entre essas duas coleções pode ser visto a partir de hoje na Pinacoteca do Estado, numa interessante lição sobre colecionismo, dedicação à arte e as diferentes formas de se tratar um acervo. Afinal, reunidas sob um mesmo título genérico - Universos Sensíveis -, o público tem à disposição exposições independentes, separadas por uma única sala comum, na qual é apresentada a biografia da família, de origem judia e lituana. O pai, Hessel Klabin, é um dos sócios-fundadores da primeira indústria de papel e celulose da América Latina.
Se o visitante tomar o caminho da esquerda refará o percurso de Ema Klabin, cujo acervo se encontra num casarão da Av. Europa e que deve ser transformado em breve em museu. O caminho da direita leva a uma visão mais diagonal da coleção reunida pela fascinante figura de Eva Klabin, a mais velha da dupla e que já teve sua casa na Lagoa, Rio, transformada em espaço museológico.
Em ambos os percursos há obras de encher os olhos, assinadas por mestres como Soutine e Chagall, Botticelli e Tintoretto, Mestre Valentim ou Lasar Segall (cuja mulher era prima delas). Há também peças raríssimas, de autoria desconhecida, mas absolutamente fascinantes como as preciosidades arqueológicas (romanas, gregas, chinesas e de outras civilizações antigas) de Eva ou a pequena e maravilhosa coleção de esculturas africanas, uma das últimas aquisições de Ema.
Eva e Ema viveram muito (tinham 86 e 87 anos quando morreram), foram agentes culturais e econômicas de grande relevância - foi em nome do pai que Ema doou, por exemplo, a verba necessária para a compra do terreno do futuro hospital Albert Einstein - e deixaram um rico legado histórico e artístico.
Um fato curioso demonstra a importância dessas duas personalidades no cenário cultural brasileiro. Tanto o diretor da Pinacoteca do Estado, Marcelo Araújo, como o do Museu Nacional de Belas Artes (próximo destino da exposição), Paulo Herkenhoff, tiveram um envolvimento direto com o trabalho de catalogação das obras e com as fundações criadas pelas colecionadores para abrigar seus acervos, colaborando com o trabalho de organização dos acervos e, com isso, ajudando a construir a própria forma de pensar a arte.
Ora muito parecidas, ora complementares em sua diversidade, a seleção exposta agora (em cada um dos núcleos é possível ver cerca de 10% dos acervos originais) também contribui de forma importante para incentivar os colecionadores privados a tornarem públicas suas coleções. "Muitas vezes pensamos que precisamos viajar para ver certas coisas e, no entanto, temos esses artistas aqui e com obras de grande qualidade", afirma o coordenador-geral da Fundação Ema Klabin, Paulo de Freitas Costa.
Fonte:
Estadão.com
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/387273/visualizar/
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