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Meio Ambiente
Quarta - 03 de Março de 2004 às 12:41

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O biodiesel é a grande saída para o Brasil. É a energia do futuro. É produzido com muito mais rapidez, gasta menos energia e a taxa de conversão (rendimento) é maior. O biodiesel é produzido a partir de qualquer óleo ou gordura." A afirmação foi feita hoje de manhã, dia 3, pelo pró-reitor de Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Paulo Teixeira, ao falar sobre os fortes impactos positivos dos programas de biodiesel na economia brasileira, na agricultura familiar, na balança comercial do país e no meio ambiente.

Segundo Paulo Teixeira, o Brasil tem condições de produzir mais biodiesel de babaçu e dendê do que a Arábia Saudita em petróleo. ´´O Brasil tem condições de abastecer o mundo,´´ afirmou, observando que há mais de um século o motor a diesel começou a ser desenvolvido na Alemanha com óleo de amendoim. ´´Como a Europa não produz plantas oleógenas e dominava o mercado de petróleo, o motor a diesel foi adaptado para usar o petróleo. Apesar de o Brasil dispor de todas as condições necessárias, há 120 anos estamos copiando o modelo europeu,´´ explicou.

Paulo Teixeira aposta no desenvolvimento dos programas de biodiesel. Na Alemanha, cerca de dois mil postos de combustíveis já estão abastecendo com biodiesel. ´´Eles estão abastecendo com tecnologia cearense,´´ diz ele se referindo ao Programa brasileiro de fontes alternativas de combustível desenvolvido na década de 70, com patente já vencida, utilizado pelos alemãs.

Forte defensor do biodiesel, lembrou que o produto é menos poluente, pois não rompe o equilíbrio atmosférico, vem de fontes renováveis e gera emprego e renda. Outras fontes alternativas, como a fusão nuclear, por exemplo enfrentam barreiras tecnológicas que estão muito longe de serem transportas, explicou. Ao falar sobre o Programa Estadual de Biodiesel, disse que o primeiro passo foi a realização de um diagnóstico sobre o que Mato Grosso tem condições de produzir e com isso contemplar a agricultura familiar.

No final do ano passado, a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secitec) encaminhou ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) proposta de financiamentos de alguns projetos. Dentre eles, estão os projetos da UFMT de desenvolvimento de novas tecnologias para produção de biodiesel, a montagem do laboratório de controle de qualidade e o monitoramento da frota de veículos que circula em Mato Grosso. Esses recursos, segundo Paulo Teixeira, vão permitir a aquisição de um reator piloto para produzir 50 litros para testes. Atualmente, as pesquisas são feitas nas bancadas dos laboratórios, em quantidade mínima.




Fonte: O Documento

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