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Politica Brasil
Segunda - 30 de Novembro de -0001 às 00:00
Por: Márcia Raquel

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O Ministério Público Eleitoral pediu a cassação dos diplomas do deputado federal eleito Eliene Lima e do estadual reeleito José Geraldo Riva, ambos do PP. Os dois são acusados de compra de votos e gastos ilícitos durante a campanha eleitoral. De acordo com a representação 783, Classe 11, protocolada ontem junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Riva e Eliene teriam distribuído cerca de mil litros de combustível de graça em troca de votos no município de Tangará da Serra. Contra o deputado Riva constam ainda outras duas representações.

Os dois parlamentares negam as acusações. Eliene afirmou que não doou combustível e que também não orientou ninguém a fazê-lo. “Tenho certeza que estou sendo acusado injustamente”, sentenciou ao ponderar que espera a notificação para poder avaliar com mais propriedade a acusação. Já o deputado Riva sustenta que todos os seus gastos estão declarados na sua prestação de contas. “Estou absolutamente tranquilo, não existe combustível para compra de votos. Eu acho que em Tangará da Serra foram utilizados até mais do que mil litros para abastecer os carros de som e os carros da campanha, mas está tudo na prestação de contas”, assegurou.

A denúncia, segundo informações da assessoria de imprensa do Ministério Público, baseia-se nas apurações feitas pelos promotores da 19ª Zona Eleitoral de Mato Grosso. Segundo as investigações, no dia 27 de agosto Riva e Eliene estiveram em Tangará da Serra cumprindo a agenda eleitoral. Por volta das 17h30, cerca de uma centena de carros e motocicletas aguardavam para abastecer no Posto Galli Galli. A distribuição do combustível teria sido negociada pelo coordenador de campanha dos candidatos na região, Ronaldo da Silva Alves Bastos, conhecido como Ronaldo Cuiabano.

Ainda conforme as informações, o abastecimento era feito ao som do jingle de campanha dos dois candidatos. No mesmo dia também foi oferecido um jantar no Tangará Tênis Clube com churrasco e bebidas à vontade. Na ocasião, além das propagandas dos dois candidatos, Riva teria feito um discurso de mais de meia hora pedindo votos para ele e para Eliene, informou a assessoria do Ministério Público.

“A manipulação da vontade do eleitor, mediante oferta ou entrega de bens e vantagens em troca de voto, não só se amolda à figura delituosa tipificada no artigo 299 do Código Eleitoral como caracteriza infração eleitoral de especial gravidade, severamente reprimida na Lei Eleitoral”, diz um trecho da representação.

OUTRAS REPRESENTAÇÕES -- O Ministério Público protocolou ainda duas outras representações pedindo ao TRE a cassação do diploma de Riva. De acordo com apurações da 17ª Zona Eleitoral, o deputado também teria comprado votos no município de Arenápolis por meio do fornecimento de combustível. A distribuição de 131 litros de combustível teria sido feita no Posto Pimenta e negociada pelo cabo eleitoral Carlos Alberto Corsini, conhecido como Pelego.

A terceira denúncia foi apurada pela 38ª Zona Eleitoral, em Santo Antônio do Leverger. Conforme a investigação instaurada pelo delegado federal Eric Blat, o coordenador de campanha de Riva no município, Edmar Gálio, conhecido por Curi, estaria se preparando para entregar uma quantia de três mil reais para um representante dos índios da aldeia Gomes Carneiro em troca dos votos.




Fonte: Diário de Cuiabá

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