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Internacional
Terça - 21 de Janeiro de 2014 às 17:26

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Ao menos 35 jornalistas foram feridos durante confrontos entre manifestantes e as forças de segurança no centro de Kiev desde domingo (19), indicou nesta terça-feira (21) o Instituto dos Meios de Comunicação de Massa, uma ONG que atua na defesa da liberdade de imprensa.

A maioria dos feridos são jornalistas ucranianos. Há também um correspondente do canal de televisão russo REN TV, que foi atingido na perna por uma granada de efeito moral.

Nesta terça-feira (21), manifestantes permanecem fazendo atos pelo país. Em uma das ações, a polícia cercou o Parlamento, tentando impedir o acesso dos jovens ao local. A nova onda de protestos ocorre devido à

No domingo, dois jornalistas da Radio Svoboda, filial local da norte-americana Radio Free Europe/Radio Liberty, foram detidos por várias horas. Eles relataram terem sido espancados pela polícia, de acordo com a ONG.

"Eles me jogaram no chão brutalmente, arrancaram o meu capacete em que estava escrito imprensa, me acertaram pelo menos duas vezes com cassetetes na cabeça, torceram meus braços e me arrastaram para um veículo da polícia", declarou o jornalista Dmytro Barkar em um vídeo postado no site da rádio.

"Disse várias vezes a eles que não estava participando nos confrontos", afirmou o jornalista, com os olhos inchados.

O cinegrafista Igor Iskhanov contou por sua vez ter sido espancado por vários policiais, um dos quais lhe deu um chute no rosto.

A liberdade de imprensa na Ucrânia foi considerada por muito tempo uma das principais conquistas da Revolução Laranja em 2004. Desde a eleição do presidente Viktor Ianukovych,em 2010, a situação da liberdade de imprensa continua a deteriorar-se com ataques e intimidação contra jornalistas.

Leis mais duras 

O Diário Oficial da Ucrânia publicou nesta terça-feira (21) uma série de leis que reforçam as sanções contra os manifestantes e cuja adoção voltou a provocar violentos confrontos em Kiev. O jornal do Parlamento, "Golos Ukrainy" ("A Voz da Ucrânia"), trouxe na edição os textos que punirão, a partir de agora, com penas de até cinco anos de prisão os manifestantes.

A determinação pode ser aplicada aos opositores que, há dois meses, protestam em Kiev contra o presidente Viktor Yanukovich.





Fonte: AFP

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