Alckmin vê "picuinha partidária" em críticas à ação policial na Cracolândia Governador defendeu operação do Denarc e disse que é preciso separar usuário do traficante
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu a ação realizada por policiais do Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico) na Cracolândia na tarde de quinta-feira (23). A operação, realizada sem comunicar à Prefeitura de São Paulo nem à Polícia Militar, terminou em confronto entre policiais e usuários de drogas. Para Alckmin, as críticas à ação não passam de desavenças partidárias.
— Não podemos transformar isso em uma picuinha partidária.
Na manhã desta sexta-feira (24), Alckmin participou da inauguração da duplicação da rodovia Nova Tamoios Planalto. Quando questionado se aprova a operação do Denarc, o governador declarou que houve reação dos dependentes.
— Inclusive com depredação de viatura. Se na resposta da polícia houve excesso, que se apure.
Alckmin declarou ainda que é preciso separar traficantes de usuários de drogas.
— É preciso separar o dependente químico do traficante. Ao dependente químico, todo apoio. Agora, tráfico de droga é crime. O Denarc fez uma ação para prender quatro traficantes, e dependentes químicos tentaram impedir a prisão. Não pode haver território livre [para o tráfico]. Traficante precisa ser preso.
Alckmin destacou ainda que o governo estadual já internou mais de 1.500 pessoas desde que começou a atuar na Cracolândia e disse que seu governo ampliou o número de leitos para dependentes químicos. Há uma semana, a Prefeitura de São Paulo iniciou na Cracolândia a Operação Braços Abertos, aposta do prefeito Fernando Haddad para reabilitar os usuários de crack. Nesta quinta-feira, Haddad classificou a ação do Denarc como "lamentável".
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