Apenas dois deputados do PR apoiam aliança com Taques Rejeição à figura do senador do PDT ficou patente em reunião dos deputados estaduais

Em uma reunião da bancada dos deputados estaduais do PR, na manhã de terça-feira (4), ficou patente a rejeição a uma possível aliança do partido para apoiar a provável candidatura do senador Pedro Taques (PDT) ao Governo do Estado. 

Dos oito deputados presentes, apenas dois se posicionaram favoráveis à composição: Emanuel Pinheiro e Sebastião Rezende. Um deles se mostrou “em cima do muro”: João Malheiros. 

Os demais – J. Barreto, Nininho, Wagner Ramos, Mauro Savi, e Neldo Egon – afirmaram que, neste momento, são absolutamente contrários à possibilidade de aliança com o senador do PDT.

Durante o encontro, ficou clara a rejeição pessoal à figura de Taques. Alguns deputados verbalizaram os motivos. Entre eles, de que o senador "venderia" uma imagem de estadista e de referência ética e moral que não corresponderia, necessariamente, à realidade. 

“A rejeição é forte. O Taques sabe como funciona o jogo político e joga esse jogo, mas, na verdade, ele finge que não joga. E isso gera uma desconfiança em relação a se firmar compromisso com ele”, afirmou uma fonte, que esteve presente à reunião. 

Apoio a Taques

Os deputados que defendem apoio ao senador argumentam que o momento político no Estado é favorável à alternância de poder, e que Taques teria condições de proporcionar essa reoxigenação no modo de se conduzir as políticas públicas em Mato Grosso. 

“Além disso, o Taques está mostrando que amadureceu. Ele está buscando o diálogo, e não é aquele bicho-papão que muitos temiam”, afirmou um dos deputados presentes. 

A aproximação entre PR e PDT está sendo articulada, principalmente, pelo senador Blairo Maggi e pelo presidente da sigla, o deputado federal Wellington Fagundes, que está interessado em uma vaga de candidato a senador.

A bancada definiu pela tendência de se aprofundar o diálogo no sentido de se manter no arco de alianças que dá sustentação ao Governo (PMDB, PT, PSD, PR, PROS, PC do B, PP, PRB e PSC). 

Ou seja, as conversações com os partidos da base aliada vão se intensificar e a conversação com o PDT vai diminuir o ritmo. 

Os dois deputados que apoiam Taques garantiram que, apesar disso, vão seguir o que a maioria decidir. 

Ao final da reunião,  a bancada decidiu continuar conversando com todos os partidos, inclusive o PDT, até que o momento apropriado para definição se aproxime. Eles não  estabelecerem, entretanto, uma data para tal definição.