Vergonha e agressões marcam Dia das Crianças no Palestra Itália

O ambiente do Palestra Itália nesta sexta-feira prova que o feriado não foi de tranquilidade para muitos palmeirenses. O estádio amanheceu com a palavra "vergonha" pichada em sua fachada e, na parte interna, conselheiros trocaram agressões em uma das poucas áreas que não passa por reforma no clube.

A dificuldade foi sanar os problemas. O primeiro apareceu na tentativa de pintar os dois pontos que exibiam ainda pela manhã a palavra "vergonha" tanto em um muro quanto em um dos portões. A tinta verde aplicada sobre a inscrição não foi suficiente para apagá-la.

Uma das medidas do clube foi espalhar seguranças pelo local, mas até atletas concordam com o sentimento. Logo após a derrota para o Coritiba, nessa quinta-feira, em Araraquara, Thiago Heleno usou o mesmo termo dos torcedores. "Éramos os melhores e agora somos vergonha", constatou o zagueiro. "Estamos tristes. Há pouco tempo, fomos campeões da Copa do Brasil. E agora acontece isso..."

Na parte interna do clube, a ação de seguranças demonstrou-se mais útil. Os relatos de pessoas que estavam em uma das raras áreas que não passa por reforma no Palestra Itália são de que conselheiros de grupos políticos diferentes trocaram socos e até cadeiradas em meio a crianças que estavam no local.

As reações têm a ver com a péssima situação do time. A nove rodadas do final do Campeonato Brasileiro, o Verdão ocupa a antepenúltima colocação e está a nove pontos do Bahia, primeiro clube fora da zona de rebaixamento.

Até o encerramento do torneio, a equipe visita Náutico (já neste domingo), Bahia, Inter, Flamengo e Santos e é mandante diante de Cruzeiro, Botafogo, Fluminense e Atlético-GO - nos três primeiros, por suspensão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, sera obrigado a atuar a mais de 100 km da cidade de São Paulo.