Dois advogados são presos em MT suspeitos de desvio de R$ 12 milhões Desvio do extinto Bemat foi feito por meio do pagamento de honorários. Advogado responsável pela liquidação da empresa contratou outro suspeito.
Dois advogados foram presos nesta quinta-feira (13), em Cuiabá, durante a Operação 'Assombro', por suspeita de desvio de R$ 12 milhões a partir da gestão fraudulenta de uma instituição financeira. O montante, de acordo com a Polícia Federal, era proveniente de crédito que o Instituto de Previdência Complementar do extinto Banco Estadual de Mato Grosso (Bemat) tinha com o governo do estado. Para isso, o liquidante teria contratado um escritório de advocacia, que teria o comparsa como um dos sócios.
Conforme a PF, foi pago 60% do valor principal a título de honorários advocatícios. O liquidante havia sido nomeado pelo juiz para fazer a liquidação do Bemat, pagando os credores, funcionários e fornecedores para a extinção do banco. Para tentar 'camuflar' o desvio, os advogados 'se valeram de técnicas para a lavagem de dinheiro, como, por exemplo, assinando o contrato de confidencialidade e uso de empresa fantasma para o recebimento dos recursos'.
Além das prisões, a PF cumpriu três mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos e em um edifício, onde funcionavam as empresas controladas pelos advogados. A PF informou que o processo de investigação começou em maio do ano passado.
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