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Meio Ambiente
Quarta - 05 de Março de 2014 às 20:58

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Entre 1995 e 2013, os governos federal e estadual retiraram em Mato Grosso a proteção de 76.064 hectares, em três regiões diferentes que, até então, tinham restrições dentro da Amazônia Legal. 

Os números constam no levantamento “Desmatamento em Áreas Protegidas Reduzidas na Amazônia”, feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e divulgado neste ano. 

De acordo com o estudo, a primeira retirada ocorreu em 2003, no Parque Estadual do Xingu (Nordeste do Estado), em que 39.439 hectares “saíram” da preservação. 

A segunda retirada foi em 2005, na Estação Ecológica Rio Ronuro, no Município de Nova Ubiratã (502 km ao Norte de Cuiabá), onde 29.795 hectares deixaram de fazer parte da área de preservação. 

O terceiro local é o Parque Estadual do Araguaia (Leste de MT), onde, em 2006, 6.830 hectares foram retirados. 

Além de Mato Grosso, Pará e Rondônia também tiveram porções de terras retiradas de Áreas de Protegidas (AP), Unidades de Conservação (UC) ou Terras Indígenas (TI). 

A maior retirada foi no Pará, na Terra Indígena Baú, em que 303.038 hectares saíram da preservação em 2003. 

No total, os três estados somam 2,5 milhões de hectares retirados nesses 18 anos. 

Conforme o Imazon, as principais justificativas para que as terras fossem retiradas da proteção foram, em 74% dos casos, as ocupações, e, em 42%, a instalação de projetos hidrelétricos. 

Na análise da entidade, sem proteção, o desmatamento aumentou significativamente nas áreas. Em algumas, esse crescimento chegou a 50%. 

Futuro 

Segundo o Imazon, a expansão de estradas, hidrelétricas e políticas públicas nas regiões estudadas sugerem que novas alterações podem ocorrer, o que, para o instituto, aumentará o risco de mais desmatamentos. 

A entidade sugere à população local que combata a diminuição de áreas de proteção com fiscalização de crimes ambientais de maneiras mais efetiva, acelere a integração econômica de Unidades de Conservação (UCs) com a economia local, regularize a situação nas áreas já ocupadas e evite perdas quando a alteração for inevitável. 





Fonte: Mídia News

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