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Policia MT
Quarta - 26 de Março de 2014 às 09:37
Por: Laura Petraglia

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Câmara Municipal de Cuiabá

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) acaba de prender o ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador João Emanuel (PSD). A prisão preventiva foi decretada pela juíza da Vara do Crime Organizado.

O vereador é acusado de chefiar uma organização criminosa que atuava em crimes de falsificação, estelionato, corrupção e grilagem de terras. De acordo com as investigações do Gaeco, que desencadearam a Operação Aprendiz no final de 2013,  João Emanuel estaria envolvido em um esquema de “grilagem”.

Além de João Emanuel outras três pessoas também tiveram os mandados de prisão expedidos pela Justiça que estão sendo cumpridas nesse momento. Neste momento ele está sendo conduzido para sede da Polinter em Cuiabá.

Ao advogado do vereador, Eduardo Mahon, disse que recebeu a notícia da prisão com perplexidade, uma vez que o cliente dele sempre colaborou com as investigações. Mahon afirma ainda não saber os motivos pelos quais a juíza decretou a prisão preventiva de João, já no momento do cumprimento do mandado, os policiais não estavam com a decisão.

João falsificaria documentos públicos de imóveis e os utilizava como garantia para agiotas, a fim de captar recursos para campanha eleitoral de 2014, na qual concorreria ao cargo de deputado estadual.

Os proprietários dos terrenos seriam pagos com ofertas de participação em processos licitatórios fraudados na Câmara Municipal. A gráfica Propel (Documento) é um dos empreendimentos com participação suspeita em licitações. A empresa venceu o pregão presencial 015/2013 e firmou o contrato 001/2013, o primeiro da gestão de João Emanuel. A favor da empresa foram empenhados mais de R$ 1,6 milhão para prestação de serviços gráficos e fornecimento de material de expediente para escritório.

Um relatório técnico contábil produzido por dois contadores do Centro de Apoio Operacional do Ministério Público de Mato Grosso comprova a impossibilidade da gráfica Propel, mais conhecida como O Documento, de ter confeccionado e entregado os produtos encomendados pela Câmara de Vereadores de Cuiabá através do contrato 01/2013, o primeiro da gestão de João Emanuel (PSD) como presidente do Legislativo Municipal. Dessa forma, a empresa teria recebido mais de R$ 1,5 milhão por serviços nunca prestados.






Fonte: Olhar Direto

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