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Politica Brasil
Terça - 01 de Abril de 2014 às 14:34
Por: Vinícius Tavares

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O professor Victório Galli, presidente regional do PSC, celebrou a passagem dos 50 anos do Golpe Militar de 1964, que alguns chamam de Revolução de 1964. Segundo o político, o episódio é importante porque dele resultou, 21 anos depois, no retorno da democracia ao país com a eleição de Tancredo Neves para a presidência da república em 1985.

“A ditadura claramente deixou sequelas. Temos muitas feridas para curar. Na realidade, houve fatos negativos, perda de vidas e prisões. Mas no final houve um fato positivo que foi a abertura política, afirmou em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.

De acordo com Galli, o país precisa acelerar o processo de investigação dos crimes políticos cometidos entre 1964 e 1985 através da Comissão da Verdade e punir os responsáveis.

“Temos de investigar. Não se trata de perseguição, muito menos vingança, mas as mortes não podem ficar apenas nos registros da história. É preciso que se faça justiça, e a justiça só se faz com o julgamento e punição dos culpados. 

Na avalição de Victório Galli, a punição dos crimes de tortura, supostamente cometidos por agentes do regime militar (1964-1984), ficou prejudicada com a Lei da Anistia (1979), que protege os autores de crimes cometidos em nome do Estado.

“Precisamos evoluir, a exemplo do que se faz na Argentina e Chile. Mas essa ação, que nasce do clamor popular, deve ter respaldo no Congresso Nacional”, ressalta o líder do PSC.

Victório acredita, ainda, que, para o julgamento e condenação dos envolvidos nos crimes é preciso que se faça a despartidarização da Comissão Nacional da Verdade (CNV). Para ele, enquanto existir o viés político-partidário na Comissão Nacional da Verdade, principalmente por parte do PT, “ainda enfrentaremos dificuldades para fazer justiça”, afirmou.

Na opinião de Victório Galli, a democracia ainda não está totalmente consolidada e defende que o voto facultativo nas eleições.

“Não pode ser na marra. O PSC defende o voto facultativo como nossa bandeira. Cheira mais à democracia. Voltar na marra não é democracia”, destacou.





Fonte: Olhar Jurídico

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