Maggi: “A Dilma veio para cima de mim como uma abelha" Mesmo sem ser candidato, ele montará palanque para a presidente em MT
O senador Blairo Maggi (PR) afirmou que sofreu uma forte pressão da presidente Dilma Rousseff (PT) para que ele dispute o Governo de Mato Grosso neste ano.
Ele contou que a presidente insistiu para que ele fosse candidato, de modo a oferecer um palanque forte para ela em Mato Grosso. Maggi recusou, mas hipotecou seu apoio à presidente.
“A presidente Dilma veio para cima de mim como uma abelha. Ela insistiu, disse que ela e o ex-presidente Lula precisam disso. Mas eu disse a ela que não posso e não vou ser candidato”, relatou o senador.
"Mas não é porque eu não serei candidato que não estarei no palanque e não darei apoio a ela. Criaremos as condições mínimas necessárias para que o projeto da presidente Dilma tenha sucesso em MT"
“Mas não é porque eu não serei candidato que não estarei no palanque, e não darei apoio a ela. Criaremos as condições mínimas necessárias para que o projeto da presidente Dilma tenha sucesso em Mato Grosso”, afirmou.
O apoio de Maggi é visto como estratégico pelo Palácio do Planalto em função de ele ser um dos líderes mais influentes do agronegócio. A inserção no setor é um dos objetivos de Dilma.
Candidatura do PR
Blairo Maggi disse que o senador Magno Malta (PR-ES) o procurou pedindo apoio para sua candidatura a presidente. Maggi disse que deu força para o projeto próprio da sigla, pois o PR não faria falta para Dilma. No entanto, ele destacou que estará no palanque dela.
“Eu dei força para a candidatura do senador Magno Malta. Não é sacanagem com a presidenta. Ela tem uma coligação tão grande, que os 2 ou 3 minutos do PR não fazem diferença. E ele tem um discurso contundente contra as drogas e a pedofilia, que geralmente não vão para o centro da discussão”, disse.
“Mas avisei a ele que ele não vai ter o nosso palanque em Mato Grosso porque tenho outros compromissos”, completou, referindo-se à promessa feita a Dilma de que pedirá votos para ela.
O senador avisou, também, que se o PR em Mato Grosso optar por se aliar com o oposicionista Pedro Taques (PDT), ele não se oporá, mas estará fora do palanque.
“Não veto que o PR o apoie. Mas o posicionamento do Taques em relação ao Governo Federal complicou. Isso não nos une, nos afasta. Tenho compromissos morais com a presidente Dilma Rousseff”, disse.
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