Dilma defende economia e diz que renda cresceu para mais pobres Ela já havia apresentado a ministros dados sobre queda na desigualdade. Nesta terça, presidente liberou recursos para obras de água e esgoto.
A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira (6) ações de seu governo e do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na economia e afirmou que nos últimos 12 anos a renda cresceu para os mais pobres, aqueles que, segundo ela, "tinham menos".
Dilma deu a declaração durante cerimônia no Palácio do Planalto de lançamento da terceira etapa do PAC 2, voltada para obras de saneamento básico em cidades com até 50 mil habitantes.
Nesta segunda (5), ela já havia abordado questão do aumento da renda e da diminuição da desigualdade social em uma reunião com ministros do governo. Foram apresentados dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria de Assuntos Estratégicos que mostram crescimento da renda e da satisfação dos brasileiros, além da queda na desigualdade. No discurso desta terça, Dilma reforçou o que foi apresentado aos ministros.
"Não são os números que importam, mas sim uma situação peculiar do país. Nos últimos 12 anos, tivemos uma imensa aceleração da renda no país, tanto nos termos do ganho da renda como na diminuição da desigualdade. Todos ganharam, mas ganhou mais quem tinha menos ", afirmou a presidente.
Para Dilma, o crescimento da renda da população foi mais acelerado que o do setor de serviços, o que, segundo ela, gera uma necessidade de maior investimentos no setor.
"A renda cresceu a uma taxa muito superior ao crescimento dos serviços e é por isso que nós temos de acelerar os serviços. Se a gente pegar os últimos 20 anos, enquanto o crescimento do acesso da população aos bens como máquina de lavar, geladeira, TV, celular, computador cresceu uma taxa real de 320%, os serviços cresceram bem menos, cresceram 48%", disse Dilma
Obras de saneamento
De acordo com o Ministério da Saúde, a terceira etapa do PAC 2 irá beneficiar 635 municípios e 5,3 milhões de pessoas. Serão liberados R$ 2,8 bilhões da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para as obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
Desde 2011, quando começou a segunda fase do PAC 2, a Funasa já repassou R$ 3,45 bilhões para obras de água e esgoto.
No evento de lançamento da terceira etapa do programa, a presidente Dilma Rousseff afirmou que "investir em serviços, notadamente em saneamento, é algo fundamental para o país."
Segundo informações do Ministério da Saúde, com o início da terceira etapa, serão 4.629 ações do PAC 2 mantidas pela Funasa. A pasta afirma que, atualmente, 92% dos empreendimentos do programa foram concluídos ou estão em execução.
Após o evento, Dilma escreveu em sua conta no Twitter sobre os investimentos em saneamento básico. "O Brasil superou um passado em que governantes não tinham interesse em investir em saneamento. Achavam que era obra que não rendia voto", afirmou.
"Transformamos o investimento em saneamento em uma política de alcance nacional, que beneficia pessoas de todos os cantos do país", concluiu a presidente.
Comentários