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Ciência/Pesquisa
Quarta - 14 de Maio de 2014 às 17:27

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UFMG / Divulgação
Imagem do Samba Vírus obtida no Centro de Microscopia da UFMG
Imagem do Samba Vírus obtida no Centro de Microscopia da UFMG

Pesquisadores brasileiros encontraram um vírus gigante nas águas ácidas do Rio Negro, em plena floresta amazônica – uma descoberta que, garantem, abre vastos caminhos no universo dos seres microscópicos. Além das proporções incomuns, o vírus, que recebeu o nome de "Samba", possui genoma complexo, com genes só encontrados em células e que nenhum vírus de outra espécie codifica. O Samba é o maior genoma de vírus já sequenciado no Brasil.

A descoberta do Samba Vírus não surgiu por acaso. Interessado no tema, o professor Jônatas Abrahão, coordenador do grupo responsável pela pesquisa, organizou em 2011 uma expedição a Manaus, para fazer prospecção de vírus gigantes. Em conjunto com outros cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ele publicou a descoberta na revista Virology Journal.

“Estamos provando que os vírus gigantes existem em todos os ambientes – temos coletado amostras em lagoas urbanas e de solos em várias regiões do País”, informou Jônatas. A equipe descobriu ainda outros vírus, como o Niemayer Vírus, encontrado na Lagoa da Pampulha, em frente ao Museu de Artes; e o Cipó Vírus, localizado na Serra do Cipó.

O vírus gigante sobrevive em um ecossistema especial, cuja dinâmica parece garantir uma existência equilibrada e harmônica com a ameba que o abriga e com um tipo pequeno de vírus que o acompanha de perto. Esses vírus menores encontradas no entorno do Samba chamaram a atenção dos pesquisadores, que batizaram as partículas negras como Rio Negro Vírus.

Informações da Universidade Federal de Minas Gerais





Fonte: Terra

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