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Sábado - 24 de Maio de 2014 às 11:26

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Uniforme, apenas três refeições diárias, celas coletivas, apenas duas horas de banho de sol por dia, além de visitas com emprego do parlatório apenas uma vez na semana (sempre às terças) por um período de 60 minutos, integram a rotina do ex-secretário de fazenda, Eder Moraes. Preso na operação Ararath desde o dia 20 de maio, sob acusação de comandar um esquema de lavagem de dinheiro para atendimento ao núcleo político de Mato Grosso, o ex-secretário de Fazenda, Casa Civil, Secopa, e MT Fomento, foi recambiado para Brasília por determinação do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Eder Moraes divide uma das quatro celas do Centro de Detenção Provisória da Polícia Federal (CDP), que integra o Complexo da Papuda, em Brasília. A unidade possui capacidade de abrigamento para 24 detentos. Em nenhuma das celas é e permitido o uso de ventiladores.

O Ministério da Justiça informou a reportagem que ainda que todos os detentos da unidade usam uniforme e que não há nenhuma diferenciação na alimentação servida no Complexo Penitenciário da Papuda - composto pelo Centro de Detenção Provisória (ala de carceragem), Penitenciária do Distrito Federal I (PDF I) Penitenciária do Distrito Federal (PDF II). A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal divulgou que na totalidade o Complexo abriga a 12 mil homens e explicou que a competência adminstrativa do CDP é ligado diretamente ao Ministério da Justiça.

Com um forte esquema de segurança, as pessoas detidas provisoriamente na unidade são autorizadas a utilizar a biblioteca da unidade. Cada preso tem direito de receber até dois livros por semana e todas às sextas-feiras eles são trocados.

Ainda segundo o Ministério da Justiça, nenhum dos presos pode realizar trabalhos administrativos. Na unidade, para execução do trabalho de recolhimento de lixo, limpeza do corredor das celas, pátio de sol e parlatório há um preso classificado que presta o serviço voluntariamente. Toda a segurança interna é feita por agentes penitenciários federais.

No esquema investigado pela Polícia Federal, Eder de Moraes Dias, tem forte influência. Há indícios também de que ele teria falsificado um requerimento do Ministério Público Federal, de lavra do procurador da república Thiago Lemos de Andrade, em que supostamente se postularia a decretação de prisão preventiva em seu desfavor.

O documento foi apreendido em sua residência e revela a intenção dele mobilizar pessoas influentes para protegê-lo contra a investigação em curso. Ele ainda figura, de acordo com as investigações como sendo o operador principal de um esquema de fraudes ao sistema financeiro e lavagem de dinheiro, em benefício de autoridades da classe política. O inquérito da Polícia Federal aponta que para o cumprimento dessa finalidade, Comercial Amazônia de Petróleo LTDA era empregada. 





Fonte: Olhar Direto

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