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Sexta - 30 de Maio de 2014 às 20:15

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O conselheiro do TCE, Sérgio Ricardo, pegou emprestado pelo menos R$ 2 milhões do empresário Júnior Mendonça, pivô da Operação Ararath, na época em que era deputado estadual. Beneficiado pela delação premiada, o agiota relatou em depoimento a Polícia Federal que os empréstimos concedidos ao então parlamentar começaram no início de 2009 e o classifica como “o único agente político que quitou integralmente o empréstimo tomado com o depoente”.

Em cumprimento de mandado de busca e apreensão, agentes federais encontraram na casa do pai de Mendonça documentos referentes à negociação feita entre o delator, Sérgio Ricardo e o atual deputado estadual José Riva (PSD). O valor total do montante foi de R$ 4 milhões, sendo R$ 2 milhões para cada.

Segundo Júnior Mendonça, a promissória que garante a transação teria sido emitida pelo ex-secretário de Estado, Eder Moraes (PMDB), que pagou R$ 1,2 milhão da dívida, inclusive, com conivência do então governador Blairo Maggi (PR). Na época, ao entregar a nota, Riva teria orientado o empresário a manter contato com Eder a fim de se certificar que o peemedebista honraria o débito.

Mendonça afirma que Sérgio Ricardo fez outros empréstimos posteriores a 2009 e que garantiu a dívida por meio de promissórias. Como o ex-deputado quitou os valores, conforme o delator, as notas foram restituídas. “O depoente, nestas oportunidades, esteve presente no gabinete do então deputado Sérgio Ricardo, que solicitou o empréstimo, mas não disse para qual finalidade”, diz trecho do depoimento.

Além disso, o atual conselheiro do TCE pagou o débito mediante dinheiro em espécie de forma que Mendonça entregava a ele as notas promissórias que serviam como garantia de pagamento da dívida, conforme consta no inquérito.

Vaga no TCE

Sérgio Ricardo é suspeito de comprar a cadeira do conselheiro aposentado Alencar Soares por R$ 4 milhões. O ex-conselheiro teria recebido, por meio de Eder Moraes, R$ 4 milhões que serviria para devolução de R$ 2,5 milhões, parte do montante proveniente do então deputado estadual na época.

Alencar teria voltado atrás na negociação depois de uma viagem à África do Sul, na companhia de Blairo Maggi, que havia pedido a sua permanência no tribunal. No entanto, já teria gasto os R$ 2,5 milhões recebidos. Dessa forma, coube a Éder, providenciar os recursos ao ex-conselheiro para ressarcir Sérgio Ricardo, conforme inquérito. A venda da vaga no TCE teria se concretizado apenas em 2012.

A reportagem do Rdnews tentou entrar em contato com o conselheiro Sérgio Ricardo, mas não foi atendida. As ligações não foram retornadas até a publicação desta matéria.





Fonte: RD News

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