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Sexta - 30 de Maio de 2014 às 22:20

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A situação está cada vez mais complicada para o prefeito de Chapada dos Guimarães, José de Souza Neves (PSDB), afastado do cargo pela Justiça por atos de improbidade. Isso porque está marcada para as 17h, desta quinta (29), sessão extraordinária da Câmara Municipal para apreciação do relatório que pede a cassação do tucano. Nos bastidores, a informação é de que, pelo menos, seis vereadores devem votar pela perda de mandato de Neves. Apesar disso, para que o prefeito seja cassado são necessários 2/3 dos votos, ou seja, dos 11 parlamentares, 8 devem ser favoráveis à cassação.

De todo modo, a tendência é que o tucano seja cassado. O fato é considerado histórico no município, tendo em vista que a Câmara nunca havia votado pela cassação de um gestor. Consta no relatório de denúncia que José Neves pagou um advogado para defendê-lo no TSE, com dinheiro da prefeitura. Além dessa situação, a população está na bronca com o gestor pelo mau desempenho no cargo. Desde que assumiu, em 2012, pouco fez pelo município, uma vez que a maior reclamação é por não conseguir conduzir os serviços essenciais, como a saúde. Neste sentido, o Ministério Público ingressou com Ação Civil Pública devido ao fato de o prefeito não nomear nenhum secretário para administrar a pasta de Saúde.

Outro desgaste enfrentado pelo tucano é o afastamento do cargo, por ter contratado empresas para o transporte escolar sem licitação sob o valor de R$ 484,3 mil por quatro meses, haja vista que os veículos utilizados para transportar os estudantes estão em péssimas condições. O MP apurou que houve direcionamento e empresas predeterminadas. Como não bastasse, em fevereiro deste ano, o PSDB rompeu com a administração. Em ofício assinado por 9 membros da executiva, o partido registrou que estaria descontente com os rumos da gestão.

José Neves foi o 2º colocado nas urnas e só assumiu porque o ex-prefeito Gilberto Mello foi enquadrado como ficha suja. Agora, diante do cenário em que o prefeito vive, quem está administrando a cidade, com “cautela”, é o peemedebista Lisu Kobestain, vice-prefeito. Nos bastidores, o atual gestor está agindo de forma indefinida, preocupado em tomar decisões enquanto o tucano está afastado. Caso Neves seja cassado hoje, Lisu assumirá definitivamente. Apesar dos esforços do prefeito em reverter a situação, desde o início da manhã, a oposição trabalha para convocar a população a participar da reunião, por meio de carros de som.

Cassação

O clima na Câmara de Chapada dos Guimarães é tenso. Segundo a vereadora, Monique Haddad (PR), o silêncio predomina o Legislativo. Diz que nenhum parlamentar comenta o voto, embora todos saibam qual parecer devem dar, no decorrer da sessão. “Todos estão preocupados, agindo de forma cautelosa. É uma situação difícil e complicada, pois Chapada nunca vivenciou isso”, destaca.

Já o presidente do Legislativo, Carlos Eduardo de Lima Oliveira, o Carlinhos do PT, afirma que não vai beneficiar nem oposição nem situação. Explica que no primeiro momento, quem deve falar será o prefeito. Em seguida, cada vereador terá 15 minutos para se pronunciar. Após isso, a defesa do tucano, que poderá ser ele ou o procurador do município, terá 2h para argumentar. Conforme Carlinhos, a tendência é que a sessão termine por volta das 23h.

Às 18h55 - Prefeito não comparece e sessão é suspensa

A sessão que votaria a cassação de José Neves iniciou por volta das 18h com presença dos 11 vereadores. Como o prefeito não estava presente, o presidente da Câmara Carlinhos do PT suspendeu os trabalhos por 30 minutos na expectativa que o tucano chegasse no local. Transcorrido o tempo, a sessão foi transferida para próxima terça (3). Se o tucano não comparecer na nova data estabelecida, um advogado será nomeado para defesa e a votação acontecerá a revelia. Rdnews tentou contato com o prefeito, mas os telefonemas não foram atendidos. 





Fonte: RD News

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