O governista Movimento Nacional Unido (MNU) do presidente Mikhail Saakashvili obteve 40,43% dos votos com a apuração de 100% das cédulas eleitorais.
O Parlamento georgiano é composto por 150 deputados, 73 deles escolhidos em circunscrições majoritárias e o restante por listas de partidos.
Os ocupantes definitivos das cadeiras serão divulgados depois que todas as denúncias de irregularidades durante as eleições de segunda-feira forem investigadas.
Assim, os cálculos da coalizão ganhadora já diferem bastante dos oferecidos pelo CEC quanto às seções eleitorais majoritárias.
O partido de Bidzin Ivanishvili afirma que já ganhou em 42 seções (o CEC lhe dá 39) e acredita em somar outras três depois que suas denúncias forem apuradas, afirmou hoje aos jornalistas o porta-voz do Sonho Georgiano, David Saganelidze.
A formação ganhadora espera obter 97 deputados quando forem revelados os resultados definitivos.
Enquanto isso, o CEC denunciou no dia anterior pressões às comissões eleitorais locais por parte do Sonho Georgiano e pediu para os ativistas do partido de Ivanishvili se manterem na legalidade.
O Sonho Georgiano é visto como novo defensor do Estado, uma vez que sua vitória impedirá o presidente Saakashvili de permanecer no poder como chefe do governo, já que no ano que vem termina seu segundo mandato presidencial e a Constituição impede que concorra à reeleição nas eleições do fim de 2013.
As legislativas são cruciais para o futuro do país, que se tornará em 2014 em uma república parlamentar onde o homem forte já não será o presidente, mas o primeiro-ministro, eleito pela maioria parlamentar.
Comentários