Presidente do PT ataca oposição e fala em “vencer o ódio” Rui Falcão define pleito de outubro como “eleição mais dura dos últimos tempos”
O presidente do PT, Rui Falcão abriu no sábado (21) a convenção do partido, em Brasília. Durante discurso, atacou a oposição que, segundo ele “convocou uma tsunami” para varrer o PT do poder, se referindo à fala do candidato do PSDB, Aécio Neves, em convenção do último fim de semana.
— O cotejo de projetos é tão desvantajoso que um dos nossos adversários invocou um tsunami para nos varrer do mapa, como se no roldão levasse junto o legado dos governos petistas. Antes dele, outros também prometeram acabar com a nossa raça. Acabaram antes: direitistas convictos, subitamente travestiram-se em socialistas de ocasião, ornamentando novos palanques com sua ideologia de museu.
O discurso foi interrompido por diversas vezes por aplausos e gritos de apoio dos militantes do partido.
Falcão relembrou os 12 anos do governo petista e invocou um dos motes da campanha, a vitória sobre o ódio.
— Já vencemos o medo com a esperança. Agora, vamos renovar as esperanças do povo para vencer o ódio, o rancor, o preconceito, o racismo, a violência, o machismo, a homofobia, o fundamentalismo.
Falcão desafiou a oposição a mostrar o plano de trabalho e no discurso do medo da volta ao passado, citou projetos de governo.
— É preciso evitar que nossos adversários escondam tudo o que fizeram, deixaram de fazer e, principalmente, levá-los a revelar quais são, afinal, as medidas ‘impopulares’ que anunciam. Na verdade, mudar a política do salário-mínimo, promover desemprego, provocar choques, cancelar direitos, debilitar o Bolsa Família, cortar subsídios do BNDES e do Minha Casa Minha Vida, como eles deixam entender, têm nome: são medidas antipopulares.
A reforma política e a “democratização da mídia” — definida por parte do setor como censura — foram defendidos por Falcão.
Os xingamentos à presidente foram lembrados “falta de educação de uma certa elite”, definiu Falcão.
Vaias
Presidente do PSD, Gilberto Kassab foi vaiado por militantes do PT na convenção do partido. Kassab foi anunciado e convidado a compor a mesa de honra como aliado do governo. Ele foi o único da coligação “Mais Brasil” a ser preterido por militância.
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