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Cidades/Geral
Domingo - 29 de Junho de 2014 às 15:15

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Após dois anos, a Justiça de Mato Grosso voltou a marcar a realização de exames de insanidade mental e dependência química do jovem Weber Melquis, de 24 anos, acusado de matar uma garota e queimar o corpo dela dentro da fornalha de uma pizzaria de Cuiabá. A juíza da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Maria Aparecida Ferreira Fago, esclareceu que entrou em contato com o Instituto Médico Legal (IML) da capital e agendou para o dia 8 de julho os exames. Em 2012, a magistrada havia determinado a confeçção dos laudos, porém, não foram realizados. Desde então o processo ficou suspenso.

O pedido dos exames foi requerido pela própria defesa do acusado que tem alegado na ação que Weber tem problemas mentais e é dependente químico. Porém, ele já confessou que cometeu o homicídio e está preso preventivamente na Penitenciária Central Estado. “Aguardamos esse tempo todo porque a informação era de que não havia peritos capacitados para esse tipo de exames”, pontuou o advogado Paulo Fabrinny. O crime ocorreu no dia 3 de fevereiro de 2012.

Caso o resultado considere que o acusado tem doença mental ou é dependente químico, de acordo com o advogado, a ação poderá ser extinta. Contudo, se Weber Melquis for considerado capaz de responder por seus atos poderá ser levado a júri popular pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de destruição de cadáver, conforme denunciado pelo Ministério Público Estadual.

A juíza Maria Aparecida Fago havia ressaltado em despacho que o réu deveria ser submetido aos exames para não restar dúvidas sobre sua condição mental e para garantir o direito de ampla defesa. Contudo, a denúncia feita pelo MPE aponta que o acusado teria cometido o crime por motivo fútil e sem dar chance para a vítima reagir. Weber trabalhava como pizzaiolo no restaurante de propriedade do pai dele e chegou a declarar em depoimento à polícia estar arrependido do crime.

Noite trágica

Consta da denúncia do MPE que o acusado fechou a pizzaria na noite do dia 3 de fevereiro, por volta das 23h30. Em seguida, seguiu em uma moto e abordou, por volta das 3h, jovens que estavam em frente a uma boate, que fica próximo à rodoviária da capital. No local, ele começou a usar drogas com as mulheres e, em seguida, saiu do estabelecimento na companhia de uma delas para comprar cerveja e cigarros. Eles retornaram para a frente da boate e, depois, foram para a pizzaria buscar dinheiro para comprar mais drogas.

Dentro do estabelecimento do pai dele, o suspeito deu três golpes de faca na jovem, que tinha 23 anos, sendo que um deles acertou o pescoço da vítima. A seguir, o suspeito colocou o corpo dela na fornalha e acendeu. Enquanto o corpo da garota queimava no forno, diz o MP, o suspeito limpou o sangue no chão da pizzaria. O corpo da jovem foi encontrado pela própria polícia totalmente carbonizado horas depois do crime.





Fonte: Do G1 MT

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