Argentina se reúne com mediador em Nova York para negociar dívida País enfrenta batalha judicial e corre risco de dar novo calote em credores. Ministro terá reunião com mediador nomeado pela Justiça dos EUA.
O governo argentino participará nesta segunda-feira (7), em Nova York, de uma reunião com um mediador da Justiça norte-americana para tentar solucionar a batalha jurídica em torno dos pagamentos de suas dívidas, que pode levar o país a dar um novo calote em seus credores.
Desde 2001, quando anunciou que não ia pagar US$ 100 bilhões de sua dívida pública, a Argentina enfrenta fortes crises econômicas. Agora, ainda em consequência desse megacalote, o país pode deixar mais credores na mão.
No último mês, a Justiça dos Estados Unidos determinou o pagamento de US$ 1,33 bilhão a fundos especulativos, os chamados “fundos abutres” – que detêm títulos da dívida “não renegociada” da Argentina, isto é, que não aceitaram a negociação feita em 2005 com os credores que levaram o calote de 2001.
O país contesta a decisão e, enquanto não há solução para o impasse, também ficou impedido de pagar os que aceitaram renegociar as dívidas e já estavam recebendo parcelas.
A delegação argentina que participará da reunião com o mediador, nomeado pelo juiz Thomas Griesa, que decidiu a favor dos credores, será comandada pelo ministro da Economia, Axel Kicillof, segundo o jornal "La Nacion". A presidente Cristina Kirchner sofre de uma faringolaringite aguda, e por isso cancelou recentemente uma viagem ao Paraguai.
Na semana passada, o ministro disse ter considerado o bloqueio do pagamento da dívida "uma situação desconcertante e insólita".
Apesar de o governo argentino não ter especificado quais funcionários integrarão a comitiva, os advogados da Argentina em Nova York informaram ao mediador Dan Pollack que estarão "o subprocurador do Tesouro da Nação (Javier Pargament), o Secretário de Finanças do Ministério da Economia (Pablo López), e o Secretário Legal e Administrativo do Ministério da Economia (Federico Thea)".
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