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Sexta - 11 de Julho de 2014 às 22:16

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, revelou que instruiu a Polícia Federal passo-a-passo no garantiu que o flagrante por posse ilegal de arma aplicado pela Polícia Federal no governador Silval Barbosa (PMDB) durante a quinta fase da Operação Ararath. Ele ainda garantiu a legalidade da ação.

“Foi legal, claro que foi. Ele foi convidado para ir até lá. Foi em carro próprio. Ele foi para esclarecer uma questão jurídica e, esclarecida a questão jurídica, fixada uma fiança. De lá foi para sua casa. Estritamente legal. Eu, durante o desenrolar da diligencia, fui informado e determinei, eu, que assim se procedesse”, afirmou o procurador-geral da República, em entrevista coletiva na noite de quinta-feira (10).

Durante uma busca e apreensão da quinta fase Operação Ararath, no dia 20 de maio, os agentes encontraram uma arma com registro vencido na casa de Silval Barbosa. O governador foi chamado até a sede da Polícia Federal, aonde foi lavrado um auto de flagrante e estipulada uma fiança.

Dias após o acontecido, Barbosa concedeu coletiva de imprensa e sustentou a versão de uma prisão ilegal e arbitrária devido ao seu foro privilegiado.

Ararath

A Operação Ararath investiga um complexo esquema de lavagem de dinheiro - cuja estimativa de movimentação ultrapassa R$ 500 milhões – para o ‘financiamento’ de interesses políticos no Estado. Uma lista apreendida pela PF aponta que pelo menos 70 empresas utilizaram ‘recursos’ oriundos de esquemas fraudulentos de empréstimos.

Uma das peças do esquema é o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, mais conhecido como Júnior Mendonça, dono da rede de combustível Amazônia Petróleo e que já atuou no ramo das factoring. Ele seria o operador de um banco ilegal e agora, após receber o benefício da delação premiada, é um informante da Polícia Federal.

A ação policial levou para prisão Eder Moraes,uma das figuras políticas mais emblemáticas do Estado. Homem forte do governo Blairo Maggi, atuou em cargos de destaques durante a sua gestão (2003 a 2010), como secretário de Fazenda, presidente da Agência da Copa do Mundo (Agecopa), da Casa Civil e também diretor da Agência de Fomento de Mato Grosso.

O próprio Blairo Maggi, agora senador, é investigado no esquema, assim como o governador Silval Barbosa (PMDB), o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), membros do Judiciário, Ministério Público, empreiteiros e empresários supostamente ligados ao ramo da agiotagem.





Fonte: Olhar Direto

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