Durante sabatina, Renan Filho critica devolução de verba federal em AL Candidato pelo PMDB, Filho foi o último sabatinado pela Fecomércio. Federação realizou série de entrevistas nesta semana.

O candidato ao governo do estado pela coligação “Com o povo para Alagoas Mudar”, Renan Filho (PMDB), foi o último a participar da sabatina realizada pela Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Alagoas (Fecomércio), na manhã desta quarta-feira (15), em Maceió. Durante as perguntas elaboradas pela federação e feitas pelo público presente, Renan destacou suas prioridades no programa de governo e criticou a devolução de recursos federais na atual gestão.

“Alagoas acaba de devolver R$ 15 milhões para o governo federal que eram destinados à administração dos presídios porque o governo não tem capacidade de fazer um projeto decente para os presídios daqui. Somos o estado que mais devolve recursos federais e sabemos o quanto é difícil consegui-los", afirmou.

Uma das perguntas sorteadas questionava ao candidato sobre desenvolvimento econômico. Filho avaliou que a agricultura familiar é fundamental para Alagoas recuperar a capacidade de produção no campo. “Esse setor é fundamental para que possamos erradicar a miséria em Alagoas. Precisamos dar condição para a produção agrícola estar em todas as regiões do estado e, para produzir, é preciso três coisas: água, assistência técnica e fácil acesso ao crédito. Precisamos universalizar as cisternas da primeira e segunda água, ou seja, não apenas para o consumo humano, mas animal e produção agrícola”.

O candidato avaliou que a atual gestão não tem se esforçado para viabilizar políticas de desenvolvimento econômico para aumentar a receita fiscal. “Alagoas tem feito muito pouco no desenvolvimento econômico, especialmente na geração de empregos. De 2007 para cá, Alagoas foi o estado que empregou menos gente com carteira assinada. Esse dado é alarmanteTemos que estimular as pequenas e micro empresas, dar a elas incentivos fiscais, repensar a taxa tributária para fortalecer a competitividade”, destacou.

Renan Filho afirmou que não descarta a possibilidade de uma reforma administrativa e que priorizará a autonomia das secretarias estaduais. “Duas coisas são fundamentais para uma boa administração: planejamento e gestão. Mas só conseguimos se antes ouvirmos a população, se viabilizarmos a montagem de uma boa equipe e um bom monitoramento de gestão. É preciso dar autonomia às pastas principais, como Educação, Segurança e Saúde, para elas próprias identificarem as necessidades e prioridades das políticas públicas para melhorar os índices de Alagoas” disse.

Questionado sobre como melhorar os setores de Cultura e Turismo no estado, o candidato afirmou que é preciso ir além do turismo “praia e sol”. “Alagoas tem grande potencial para aumentar o turismo ecológico, turismo religioso, que já são a nossa vocação. O turismo avançou bastante, não sou daqueles que diz que tá tudo errado. Avançou por causa de obras como o aeroporto e o centro de convenções que colocou o estado no roteiro de grandes eventos, mas é preciso ir além, continuar avançando”, disse.

O candidato destacou ainda a necessidade desenvolver parcerias para melhorar o saneamento básico para que Alagoas comece a caminhar em direção a um estado desenvolvido. Ele também falou sobre a necessidade de uma evolução no sistema do ensino médio e básico de educação e a prioridade no seu modelo de gestão em zerar o analfabetismo entre jovens e adultos alagoanos como forma de promover a qualificação de mão de obra.

A sabatina da Fecomércio teve início na última segunda-feira (14), com as entrevistas de Joathas Albuquerque (PTC) e Mário Agra (PSOL). No dia seguinte foram entrevistados Eduardo Tavares (PSDB) e Golbery Lessa (PCB). Benedito de Lira (PP) informou que não poderia comparecer porque, segundo a assessoria de comunicação, tinha compromissos em Brasília no dia em que foi sorteado. Os demais candidatos não responderam ao convite da Fecomércio.