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Ciência/Pesquisa
Quarta - 30 de Julho de 2014 às 07:55

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Foi inaugurada em Campinas (SP), pela empresa britânica Oxitec, a primeira fábrica no Brasil destinada à produção de mosquito geneticamente modificado. A unidade de biotecnologia pretende se impor no mercado na comercialização de insetos transgênicos que, quando colocados na natureza, não vão deixar descendentes adultos. O objetivo é diminuir a população de Aedes aegypti, mosquito transmissor do vírus da dengue.

A produção do mosquito transgênico foi liberado em abril pela Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio), mas sua distribuição vai depender de um parecer da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Testes realizados em municípios do Estado da Bahia demonstraram a redução de 90% da incidência de mosquitos selvagens em regiões onde foram introduzidos.

A tecnologia consiste na introdução de um gene extra no DNA do mosquito que impede que seus descendentes cheguem à fase adulta. Os ovos de Aedes recebem uma microinjeção com dois genes. Ao serem soltos, eles vão cruzar com as fêmeas, mas seus filhotes não irão se desenvolver.

Segundo Glen Slade, diretor global de desenvolvimento e negociação da Oxitec do Brasil, o interesse pela comercialização dos mosquitos é crescente. "Cerca de 20 municípios já nos procuraram", disse ele.

O contrato com a cidade interessada pode ficar entre R$ 2 milhões a R$ 5 milhões para uma cidade em torno de 50 mil habitantes. A liberação pode ocorrer em três fases de carga de mosquito macho no meio físico.

Segundo o Ministério da Saúde, esse ano no Brasil, a incidência de dengue foi 52,5% menor que o mesmo período do ano passado. De 1º de janeiro a 5 de julho, foram registrados 659.051 casos de doentes por dengue e 249 mortes (ante 541 óbitos no ano passado).





Fonte: Terra

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