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Politica Brasil
Terça - 05 de Agosto de 2014 às 17:08

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O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada no Senado para apurar denúncias contra a Petrobras, pediu nesta terça-feira (5) que a Polícia Federal (PF) investigue denúncias de fraude no colegiado, informou a assessoria do congressista. Reportagem publicada no último final de semana pela revista "Veja" aponta que a presidente da Petrobras, Graça Foster, e dois ex-dirigentes da estatal do petróleo receberam antecipadamente as perguntas que foram feitas em seus depoimentos à CPI.

Segundo a revista, Graça Foster, o ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli e o ex-diretor da área internacional da petroleira Nestor Cerveró tiveram acesso privilegiado aos questionamentos que seriam feitos por integrantes da comissão.

A reportagem relata detalhes de um vídeo de 20 minutos de duração no qual aparecem o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Barrocas, o advogado da empresa Bruno Ferreira e uma terceira pessoa não identificada conversando sobre as perguntas que seriam formuladas, sobre quem as elaborou e sobre quem deveria recebê-las.

A assessoria de Vital do Rêgo afirmou que o senador enviou na manhã desta terça o pedido ao diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, para que as denúncias sejam investigadas. O G1 procurou a assessoria da PF, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

No último domingo (3), Vital havia informado que investigaria o suposto “favorecimento” às testemunhas da CPI. Na ocasião, ele disse, por meio de nota oficial, estar "surpreendido" com as denúncias sobre informações privilegiadas passadas a depoentes.

"O presidente [Vital do Rêgo] entende que qualquer favorecimento que possa levar à mitigação do poder investigatório é prejudicial ao trabalho desenvolvido pelo colegiado. Por isso e ante à necessidade de apurar responsabilidades sobre o material veiculado, além de possíveis infringências legais, solicitará ao Diretor-Geral do Senado a instauração de sindicância para o necessário esclarecimento dos fatos, sem prejuízo ao desenvolvimento dos trabalhos da comissão", dizia o comunicado.

Denúncia

Segundo a revista, José Eduardo Barrocas disse a Bruno Ferreira que as perguntas enviadas a Nestor Cerveró, que depôs no dia 22 de maio, foram elaboradas por um assessor do líder do governo no Senado, um assessor da liderança do PT no Senado e um servidor da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.

De acordo com a reportagem, antes de seu depoimento, em 20 de maio, Sergio Gabrielli também recebeu o "gabarito" – documento com perguntas e respostas, que, segundo a revista, também teria sido repassado à atual presidente da Petrobras, Graça Foster. As perguntas teriam sido passadas a Gabrielli pelo senador José Pimentel (PT-CE), relator da CPI no Senado.

Por meio de nota oficial, Pimentel negou favorecimento a depoentes e pediu que a CPI apurasse o caso.

A revista "Veja" não identifica quais são as perguntas que foram antecipadas ou o conteúdo das respostas. No vídeo, os participantes da reunião se referem a essa relação como "gabarito", para ser usado nas sessões da CPI pelos depoentes.





Fonte: Do G1

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