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E, mais uma vez, número de execuções foi maior em Várzea Grande – 19 no total -, cidade com população bem menor do a de que Cuiabá
Assassinatos explodem no mês de setembro
Após dois meses em queda, o número de assassinato volta a subir. Setembro terminou com 36 assassinatos na Grande Cuiabá - sendo 17 em Cuiabá e 19 em Várzea Grande, numa média superior a uma execução diária nas duas cidades. Em agosto, foram 26 assassinatos, número parecido com julho, que fechou com 25. Setembro supera, junho que teve 31 ocorrências.
Os 36 assassinatos de setembro se mostraram desproporcionais, uma vez que a Cidade Industrial tem menos da metade da população da Capital de Mato Grosso e registrou 19 casos contra 17 da Capital. Os números são da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Capital.
O que chamou a atenção dos policiais é que Várzea Grande, nos dois últimos meses, teve 45 assassinatos contra 35 da Capital – quase 30% a mais numa cidade menor. No ano, já são 277 assassinatos em nove meses, numa média diária superior a uma execução.
As investigações realizadas pela DHPP apontam que o tráfico de drogas é a motivação em quase metade dos assassinatos. Os policiais lembram que na maior dos crimes envolvendo entorpecentes, a vítima era usuária.
“Nem sempre o fato da vítima ser usuária já aponta as drogas como motivo, mas isso é quase a totalidade”, observou um policial da DHPP.
Crimes por motivos fúteis, vingança e principais crimes passionais (motivados por paixão) completam a lista dos principais motivos dos assassinatos. A Delegacia tem uma média de 90% de homicídios esclarecidos nos últimos anos.
Para o cientista político Louremberg Alves, não há perspectiva de queda no número de execuções nos próximos anos, uma vez que muitos projetos desenvolvidos na área de Segurança Pública não têm continuidade. “São projetos de longo prazo. E como pertenceu a outros governos, não têm mais interesse para o gestor atual. Infelizmente”, destacou.
Louremberg lembrou que os assassinatos de jovens envolvidos com drogas ilustram a desestruturação familiar que tem início na mudança dessas pessoas do interior – geralmente trabalhadores rurais – para a Capital. Eles chegam sem formação profissional adaptada para a o núcleo urbano e não conseguem obter um bom emprego.
Louremberg assinalou que o êxodo rural é o início da desestrutura porque a pessoa passa a desempenhar diversas atividades e os filhos, adolescentes, e quase adultos, também não possuem uma profissão definida. Sem ocupação, passam a ser aliciados por traficantes. De usuários, se transformam em “aviões”. “Daí, é um passo para se transformar em vítima de assassinato”.
Os 36 assassinatos de setembro se mostraram desproporcionais, uma vez que a Cidade Industrial tem menos da metade da população da Capital de Mato Grosso e registrou 19 casos contra 17 da Capital. Os números são da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Capital.
O que chamou a atenção dos policiais é que Várzea Grande, nos dois últimos meses, teve 45 assassinatos contra 35 da Capital – quase 30% a mais numa cidade menor. No ano, já são 277 assassinatos em nove meses, numa média diária superior a uma execução.
As investigações realizadas pela DHPP apontam que o tráfico de drogas é a motivação em quase metade dos assassinatos. Os policiais lembram que na maior dos crimes envolvendo entorpecentes, a vítima era usuária.
“Nem sempre o fato da vítima ser usuária já aponta as drogas como motivo, mas isso é quase a totalidade”, observou um policial da DHPP.
Crimes por motivos fúteis, vingança e principais crimes passionais (motivados por paixão) completam a lista dos principais motivos dos assassinatos. A Delegacia tem uma média de 90% de homicídios esclarecidos nos últimos anos.
Para o cientista político Louremberg Alves, não há perspectiva de queda no número de execuções nos próximos anos, uma vez que muitos projetos desenvolvidos na área de Segurança Pública não têm continuidade. “São projetos de longo prazo. E como pertenceu a outros governos, não têm mais interesse para o gestor atual. Infelizmente”, destacou.
Louremberg lembrou que os assassinatos de jovens envolvidos com drogas ilustram a desestruturação familiar que tem início na mudança dessas pessoas do interior – geralmente trabalhadores rurais – para a Capital. Eles chegam sem formação profissional adaptada para a o núcleo urbano e não conseguem obter um bom emprego.
Louremberg assinalou que o êxodo rural é o início da desestrutura porque a pessoa passa a desempenhar diversas atividades e os filhos, adolescentes, e quase adultos, também não possuem uma profissão definida. Sem ocupação, passam a ser aliciados por traficantes. De usuários, se transformam em “aviões”. “Daí, é um passo para se transformar em vítima de assassinato”.
Fonte:
DO DC
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/40101/visualizar/
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