Blairo: "Marina causará males e fará Mato Grosso sofrer" Para senador, se eleita, Marina Silval poderá "travar" setor do agronegócio

O senador Blairo Maggi (PR) voltou a criticar a candidata à Presidência Marina Silva (PSB). Ele afirmou que ela, que foi Ministra do Meio Ambiente no governo Lula, “sempre foi a inimiga número um” do agronegócio e que, portanto, é incompreensível Mato Grosso apoiá-la.

"Eu não entendo como Mato Grosso pode votar a favor de quem não lhe quer bem, que não vai lhe proteger, muito pelo contrário, lhe causará males!"

“Marina sempre foi a inimiga número um do agronegócio, de Mato Grosso e do Brasil. Eu não entendo como Mato Grosso pode votar a favor de quem não lhe quer bem, em quem não vai lhe proteger... Muito pelo contrário, ela causará males ao Estado. Fará Mato Grosso sofrer”, disse.

“Temos que lutar contra isso. E isso é democracia, é no voto que a coisa vai se definir, depois não adianta chorar. Se ela quer algo com este setor terá que dizer agora”, completou

Há semanas, em um evento do setor na Argentina, Maggi classificou a candidata de “messiânica, personalista, teimosa e dissimulada”.

Maggi disse que as críticas à Marina são feitas com propriedade e experiência de quem já teve que enfrentá-la.

“Eu sei porque tive embates muito fortes com o Ministério do Meio Ambiente. Tenho que reconhecer que tivemos avanços, mas com muita dificuldade e má vontade. A equipe próxima de Marina é mais xiita [radical] ainda, contra tudo e todos”.

Insegurança

Para Maggi, não se trata de “tripudiar" a candidata, mas de esclarecer o que Marina pretende fazer, e os riscos para o agronegócio, caso ela seja eleita.

"Marina lutou até o último dia contra o Código Florestal e, se eleita, vai querer mexer de novo? Trazer insegurança jurídica?"

“Ela e seu pessoal acreditam em outra coisa: só preservar meio ambiente sem levar em conta o ser humano. Como apoiar quem não aceita o que você faz? Não estamos mais discutindo desmatamento, e sim biotecnologia, licenças para uso de novos produtos que devem ser liberados pela Anvisa e Ibama, por exemplo. E isso tudo vai parar”, avaliou.

Segundo Maggi, Marina lutou contra o Código Florestal e poderá voltar a "trazer insegurança" para o agronegócio.

“Marina lutou até o último dia contra o Código Florestal e, se eleita, vai querer mexer de novo? Trazer insegurança jurídica? As licenças para construção de novas rodovias e ferrovias já estão difíceis de conseguir, imagina depois”, disse.

“Eu espero que ela tenha mudado, que eu esteja errado. Rezo pra isso, caso ela ganhe a eleição, mas ela tem que acenar e se comprometer. Até agora, nada de prático foi feito", disse.

Maggi também espera uma análise mais racional, caso Marina vá para o segundo turno das eleições.

"No segundo turno, a sociedade vai querer discutir mais, racionalizar mais. O pouco tempo de TV, no horário eleitoral, acaba ajudando a Marina, que não precisa justificar as coisas. Ela está na moda. No segundo turno, vai precisar de mais programa, mas análise e menos emoção”, disse.