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Politica Brasil
Terça - 02 de Outubro de 2012 às 03:14
Por: Cristiano Silva

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O caso do possível desvio de ingressos do jogo entre Grêmio e Santos para correligionários do vereador Alceu Brasinha (PTB), novamente candidato ao cargo nas eleições deste ano, está sendo investigado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul, segundo informações apuradas pelo Terra nesta segunda-feira.

De acordo com uma fonte na FGF (Federação Gaúcha de Futebol), o borderô da partida entre Grêmio e Santos, no último domingo, foi adulterado a caneta, com a informação de que mais de 200 ingressos estariam destinados ao candidato à Câmara Municipal de Porto Alegre. "Número de ingressos para o vereador Brasinha", apontava a inscrição.

De domínio publico, o borderô encontra-se sob os cuidados da FGF (Federação Gaúcha de Futebol). Fábio Koff, candidato à presidência do Grêmio em pleito que deve acontecer em outubro, teria cobrado a Francisco Novelletto Neto, mandatário da FGF, uma atitude quanto à inscrição no borderô.

"Isto é pratica comum nos jogos, o Brasinha colocar o pessoal que faz campanha para ele dentro do estádio", comentou um segurança particular do Grêmio, que preferiu não se identificar.

O vereador Brasinha foi denunciado de maneira anônima no TRE-RS pelo ocorrido. O promotor Mauro Rochemback promete investigar o assunto e deve se pronunciar na próxima terça-feira.

O outro lado

A polêmica teve início na manhã desta segunda, quando um torcedor tricolor postou um vídeo que mostrava gremistas, que usavam adesivos do candidato, tendo a entrada liberada ao Estádio Olímpico no jogo contra o Santos. O clube, no entanto, explicou que a situação ocorreu por conta da superlotação de outros setores - uma realocação da torcida.

"É uma medida normal, nós passamos aqueles torcedores que não podiam entrar em um dos portões para outro, pela superlotação. Se nós quiséssemos fazer alguma coisa errada, nós faríamos sem isso aparecer", comentou Luiz Moreira, diretor administrativo do clube, em entrevista à Rádio Gaúcha.

O presidente Paulo Odone endossou o discurso. "Nestes jogos que o Grêmio coloca mais de 45 mil pessoas, temos que controlar a lotação principalmente nas gerais. O que acontece é que, ao contrário da Arena, o Olímpico tem entradas estreitas. O público entra todo na última hora, passa na roleta e entrega seu ingresso", afirmou.

"O que fez nosso administrador: tirou o número de pessoas, e foram alguns policiais juntos, para o outro portão e ali autorizou a funcionária a receber as pessoas que estavam entrando porque não conseguiam acesso ao outro. Eles já haviam dado os ingressos. O fato de ter no meio delas algumas pessoas do vereador Brasinha é absolutamente normal. Eles entram juntos. Ninguém está favorecendo ninguém. Ninguém entra sem cartão de sócio. Aqui não tem lista, entra com cartão ou não", completou, contrariado.

Dia 20 de outubro acontecem eleições para presidente do Grêmio. Odone tenta reeleição contra Fábio Koff e Homero Bellini Jr.





Fonte: Terra

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