Grupo terrorista Khorasan estaria desenvolvendo bombas em tubos de pasta de dente Extremistas buscam criar explosivos que passariam despercebidos por segurança de aeroportos

Não é só o Estado Islâmico que ameaça os Estados Unidos. De acordo com um oficial da Inteligência americana, o Khorasan — um novo grupo terrorista ligado à Al Qaeda — estava trabalhando em conjunto com fabricantes de bombas do Iêmen para desenvolver explosivos que poderiam passar despercebidos pela segurança dos aeroportos.

Segundo o jornal inglês The Independent, estes explosivos incluem bombas em tubos de pasta de dente, dispositivos não-metálicos e roupas envolvidas em material explosivo.

O Pentágono declarou que o Khorasan estava planejando “ataques iminentes contra os Estados Unidos e interesses ocidentais” quando a coalizão liderada pelos Estados Unidos bombardeou campos de treinamento, uma fábrica de munições e explosivos, um prédio de comunicações e um centro de comando associados ao grupo.

O grupo Khorasan é liderado por Muhsin al-Fadhli. O departamento de Estado americano oferece uma recompensa de US$ 7 milhões (cerca de R$ 16,8 milhões) por informações sobre sua localização.

Após o bombardeio, o general William Mayville declarou que o grupo estava próximo da “fase de execução de um ataque na Europa ou nos Estados Unidos”.

De acordo com a agência de notícias Associated Press, o grupo estava trabalhando junto a fabricantes de bombas do braço da Al Qaeda no Iêmen para driblar a segurança dos aeroportos ocidentais.

Outra fonte de inteligência declarou à CNN que dispositivos além da pasta de dente também estavam sendo desenvolvidos, como bombas não-metálicas ou roupas envolvidas em material explosivo. Um plano com bombas escondidas em aviões é “apenas uma das opções que o grupo estaria analisando”, disse a fonte à emissora americana.

A AP já havia noticiado em 13 de setembro que os oficiais de Inteligência americana tinham identificado o grupo Khorasan como uma séria ameaça.

Em discurso após o início do bombardeio americano na Síria, o presidente Obama descreveu o grupo como “operadores experientes da Al Qaeda” cujos membros teriam migrado do Paquistão e do Afeganistão e estabelecido uma base segura na Síria.