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Politica Brasil
Quarta - 08 de Outubro de 2014 às 04:24

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Mesmo sem ainda ser um partido efetivamente, a Rede Sustentabilidade, grupo político de Marina Silva, concorreu com 105 candidatos nas Eleições 2014, entre elas a ex-senadora, que disputou a Presidência pelo PSB. Desse universo de postulantes, apenas seis conseguiram se eleger na eleição de domingo (5).

Entre os eleitos está um senador da República: João Antônio Reguffe, atualmente filiado ao PDT, que recebeu 57% dos votos válidos no Distrito Federal.

De acordo com a coordenação da Rede, os outros cinco cargos obtidos foram: dois na Câmara Federal e três em Assembleias Legislativas.

Caso seja legalizado, o grupo poderá ter dois deputados federais na próxima legislatura: Eliziane Gama (PPS-MA) e Miro Teixeira (PROS-RJ). Serão ainda dois deputados estaduais, Luiz Castro (PPS-AM) e Carlos Wellington de Castro Bezerra (PPS-MA), e um distrital, Joe Valle (PDT-DF).

Dentre os políticos ligados à Rede que saíram derrotados no domingo se destacam a própria ex-ministra do Meio Ambiente, além da ex-senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) e a ex-ministra do STJ Eliana Calmon (PSB-BA) — ambas concorriam ao Senado.

A eleição dos seis representantes só foi possível porque outros partidos aceitaram abrigá-los até que a Rede obtenha seu registro na Justiça Eleitoral. Mas, assim que o processo de oficialização da sigla for encerrado, os eleitos de domingo poderão trocar de partido.

É o que fará, por exemplo, a mais nova deputada federal pelo Maranhão, Eliziane Gama.

— Todo o nosso planejamento permanece o mesmo em relação à criação da Rede. Quando o partido estiver criado, nossa transferência do PPS ocorrerá de forma natural e amigável.

Para Eliziane, no entanto, esse "investimento" de tornar a Rede oficial só deverá começar a ser desenhado após o segundo turno das eleições.

— Até lá, defendo que o foco seja fazer uma aliança com o PSDB. Optar pelo apoio ao candidato Aécio Neves.

Luiz Castro, eleito deputado estadual pelo Amazonas, também deixa claro que sua intenção é juntar-se à turma de Marina Silva, na Rede.

— Nunca escondi essa minha relação próxima com a Rede. Espero, por causa disso, que minha transferência aconteça de forma natural dentro do PPS, partido pelo qual fui eleito.

Mas, assim como Eliziane, Castro diz não ter pressa em trocar de partido.

— Terminada a eleição, precisamos analisar se esse é o momento de acelerar a oficialização da Rede ou não. Temos de pensar também nos partidos que nos abrigaram.

Para o vereador Ricardo Young (PPS-SP), aliado pessoal de Marina e um dos representantes da Rede em São Paulo, o resultado das urnas mostra que o grupo obteve um "bom começo". Segundo Young, o porcentual de eleitos é alto em relação ao número de candidatos.

— Os partidos grandes chegam a lançar 600, 700 nomes e não elegem 10%. Nós estamos começando e com um bom potencial.

O vereador ainda ressalta a eleição de Reguffe ao Senado — considerada a grande vitória do grupo.





Fonte: R7

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