Taques diz não aceitar pressão

O senador Pedro Taques (PDT), eleito governador no último dia 05, garante que não teme eventual retaliação do PDT Nacional por conta de seu posicionamento no 2º turno da eleição presidenciável. Contrariando a sua legenda, o pedetista oficializou nesta semana apoio a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) à presidência da República.

“Eu não sou homem de aceitar pressão. Tenho mil defeitos e poucas qualidades, e entre as minhas qualidades está o fato de eu não aceitar cabresto. Eu comuniquei o meu posicionamento a direção nacional do PDT junto com outros três senadores. Nós quatro já declaramos apoio ao Aécio Neves. Agora, partidariamente se quiserem tomar providências, que tomem as providências legais”, enfatiza.

Para Taques, o tucano representa a mudança e poderá ajudar o Estado no que tange ao seu desenvolvimento. “Eu vou fazer campanha para o Aécio, porque ele significa transformação. O PDT que tem voto em Mato Grosso está com Aécio”, afirma.

O senador ainda não poupou críticas à administração da presidente Dilma Rousseff (PT) frente ao Palácio do Planalto. Para ele, a petista não honrou com seus compromissos no Estado, por isso, não merece ser reeleita no próximo dia 26.

“Uma quadrilha se instaurou no poder via Petrobras. Isto é um absurdo. Vejo a desindustrialização do Brasil, os indicadores macro econômicos internacionais, nosso PIB, promessas que foram feitas e não foram honradas. Em Mato Grosso apenas 17% do PAC está concluído, a ferrovia de integração do centro-oeste, a chegada da Ferronorte em Cuiabá e a não duplicação até Santarém só ficaram no papel. As promessa pra MT em infraestrutura forma feitas e não forma cumpridas”, argumenta o pedetista.

Conforme o senador, o Governo Federal precisa dar mais atenção ao Estado, uma vez que é um ente federativo de extrema importância para a economia do Brasil.

“Mato Grosso não tem recebido o que precisa do Governo Federal. Mato Grosso é o Estado que ajuda muito o Brasil. Nós sustentamos a balança comercial. O Brasil precisa de mato Grosso”, enfatiza.

A direção Nacional do PDT deve enquadrar Taques por conta de seu posicionamento. O mesmo deve acontecer com o seu vice, Carlos Fávaro. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller (PMDB), disse nesta sexta-feira (10) que vai cobrar dos principais produtores de grãos do Estado de Mato Grosso o apoio para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).