Governo Taques vai cortar cargos comissionados, diz Pivetta "Estado não tem compromisso empregatício com essas pessoas", afirma coodenador de transição
O coordenador de transição de Governo e prefeito licenciado de Lucas do Rio Verde (354 km ao Norte de Cuiabá), Otaviano Pivetta (PDT), afirmou que trabalha para diminuir o número de cargos de confiança que serão deixados pela gestão do governador Silval Barbosa (PMDB).
Segundo ele, tudo o que não produz resultado será extinto pelo governador eleito Pedro Taques (PDT).
“O Estado tem, hoje, cerca de 6.400 cargos de confiança. O número de comissionados é de 2.400. O Estado não tem nenhum compromisso empregatício com essas pessoas, elas são de confiança do atual Governo. A meta é enxugar esse quadro para o número mínimo necessário e tocar o Estado”, disse Pivetta, em entrevista à Rádio MixFM, nesta terça-feira (14)
O número de pessoas ligadas ao Governo é considerado “excessivo” por Pivetta e o objetivo é reduzir para até 2 mil cargos.
“Tudo aquilo que existe e não produz resultado para a sociedade será extinto. Não tem motivo para manter esqueletos vivos, com despesa, com custo. O Estado precisa diminuir o tamanho e isso precisa ser feito agora, na chegada, ou se conformar com a situação que está aí e que não é nada boa”, disse. "Vamos fazer um check-up geral em toda a administração, direta e indireta. Temos equipes de analise setorial e vamos chegar a um denominador que permita que o Estado seja viável, ágil, eficiente e entregue ao cidadão os serviços públicos com qualidade"
“Já se tocou o Estado com apenas 2 mil ou 1.500. Talvez, esse seja um número necessário e possível. Vamos atribuir na nova gestão a meritocracia, e todo servidor que for produtivo no serviço que se propõe será reconhecido e irá ganhar um plus”, afirmou.
De acordo com Otaviano Pivetta, os primeiros dados entregues pelo secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, mostram que o maior número de “temporários” está na área de Educação.
“Nós ainda não temos todos os números, temos, por enquanto, apenas um resumo que já estamos analisando. Mas posso dizer que o Estado está, hoje, no limite da responsabilidade fiscal. Em torno de 57% da receita liquida são destinados a pagamento de pessoal”, disse.
Para o prefeito de Lucas, os próximos anos serão de economia instável e, por isso, o enxugamento se faz necessário.
“Considerando que podemos entrar em um ano de crise, a receita pode sofrer redução. Se isso acontecer, com esse quadro de pessoal, vamos gastar 60% da receita, o que seria impossível de manter, já que é ilegal, e deixaria o Estado inviável”, afirmou.
Pivetta disse, ainda, que o enxugamento atingirá também o aluguel de imóveis, veículos e autarquias.
“Vamos fazer um check-up geral em toda a administração, direta e indireta. Temos equipes de análise setorial e vamos chegar a um denominador que permita que o Estado seja viável, ágil, eficiente e entregue ao cidadão os serviços públicos com qualidade”, completou.
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