De novo, comparação com FHC fortalece PT, aponta Datafolha A presidente recuperou força junto à nova classe média, segmento com renda familiar mensal entre dois e cinco salários mínimos
Uma nova pesquisa do Datafolha mostrou estabilidade dos resultados em relação ao levantamento anterior _ 52% dos votos válidos para a presidente Dilma Rousseff e 48% para o senador Aécio Neves.
A economia deverá ser o fator de maior peso para decidir a eleição. Os números indicam que funcionou a comparação entre os governos Lula-Dilma e a gestão Fernando Henrique Cardoso.
A presidente recuperou força junto à nova classe média, segmento com renda familiar mensal entre dois e cinco salários mínimos.
Essa faixa do eleitorado melhorou de vida durante os governos petistas. Dilma tem dito que reconhece o esforço próprio das pessoas, mas cita políticas públicas do governo que contribuíram para essa ascensão social.
Nesse sentido, funciona a comparação com o governo tucano, sobretudo na questão do emprego.
Um dos destaques apontados pela pesquisa de hoje é a reprovação, pela maioria do eleitorado, à agressividade dos candidatos na propaganda política e nos debates.
De acordo com o Datafolha, 71% dos entrevistados não concordam com uma ação agressiva de Dilma e Aécio. Já 27% acham que isso faz parte da campanha.
Para 36%, o tucano foi o candidato mais agressivo do segundo turno. Para 24%, a petista atacou mais. Esse dado tende a prejudicar Aécio, sobretudo entre as mulheres.
Os candidatos já baixaram o tom no debate da TV Record, em comparação com o confronto do SBT. O TSE também restringiu os ataques nas propagandas políticas.
Sob o impacto da pesquisa que mostrou Dilma à frente, Aécio decidiu moderar os ataques. Mas esse moderar não é deixar de atacar. O tucano orientou sua campanha na TV e no rádio a ser mais propositiva, num tom mais otimista.
A campanha de Dilma também moderou um pouco o tom, mas está mostrando a falta de água em São Paulo, que se agravou nas últimas semanas e dias.
Até o PSDB admite que esse é um fator que desgasta a campanha do Aécio.
Como permanece o empate técnico no limite máximo da margem de erro, o mais provável é que Dilma esteja à frente de Aécio.
Isso dá vantagem real e psicológica à petista, porque injeta ânimo na reta final. Mas não é uma dianteira confortável. A eleição ainda não está decidida.
Até sábado, haverá mais duas pesquisas do Datafolha e duas do Ibope. O debate da TV Globo, na próxima sexta-feira, será importante.
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