Romoaldo quer orçamento real para AL não pedir mais suplementações

O presidente da Assembleia, Romoaldo Júnior (PMDB), disse que concorda com os cortes orçamentários propostos pelo governador eleito Pedro Taques (PDT) e afirma que, caso componha a Mesa Diretora no próximo ano, seu grupo se comprometerá em não pedir orçamento extra.

Só que para isso, segundo ele, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que está nas mãos da equipe de transição do pedetista, deve direcionar a verba conforme a previsão real do que será arrecadado. Hoje e em anos anteriores, os valores são subestimados e o que é arrecadado a mais é distribuído no decorrer do ano. “O novo governador vai ter apoio para fazer a reforma a fim de enxugar a máquina. Claro que não vamos dar cheque em branco, as mudanças serão debatidas e devem ser feitas no início da gestão”, avalia Romoaldo.

Para ele, há Poderes que não têm como fazer cortes, como o Tribunal de Justiça, que tem mais de 70 comarcas pelo Estado. O TJ recebeu cerca de R$ 750 milhões em 2014. O valor destinado à Assembleia, por sua vez, foi de R$ 300 milhões. Ambos os casos são referentes apenas ao previsto no orçamento, pois no decorrer do ano outros milhões são acrescentados no montante. Na LOA 2015, prevista pela gestão de Silval Barbosa (PMDB), o Legislativo receberia R$ 316 milhões e o TJ R$ 865 milhões. Os recursos devem ser revistos pela equipe de Taques.

De todo modo, Romoaldo sugere ainda que a Assembleia trabalhe para que no final de 2015 possa devolver dinheiro ao Executivo a fim de investir também em ações voltadas à saúde.