Obra de revitalização não atrai nenhuma empresa

Pela segunda vez, nenhuma empresa compareceu à sessão pública realizada pela Prefeitura de Cuiabá para escolha da empresa que irá tocar as obras de revitalização do Museu Hid Alfredo Scaff, o Museu do Rio, localizado no bairro Porto, na Capital.

Sem interessados, o pregoeiro Valdir Pereira Silva considerou a sessão pública de ontem deserta, abrindo prazo mínimo de 20 dias para que uma nova data de realização do certame seja definida. Inicialmente, a licitação havia sido marcada para o dia 3 de outubro. Depois, remarcada para o último dia 15 e, para que as empresas interessadas buscassem a documentação necessária, foi transferida novamente para ontem (31).

As obras deverão custar em torno de R$ 274 mil e os recursos são oriundos do Ministério do Turismo. De acordo com informações da Prefeitura, a concessão vai contemplar uma empresa especializada na área de engenharia e dará uma nova cara ao museu mais visitado da Capital. O projeto contempla ainda um Centro de Atendimento ao Turista (CAT).

Ainda, segundo a Prefeitura, a obra faz parte das transformações realizadas na região do Porto, com o projeto Porto Cuiabá. Além disso, o trabalho de adequação visa dar continuidade à obra de melhoria na infraestrutura prevista para a Copa do Mundo Fifa 2014, que terminou em julho passado, conforme autorização do Ministério do Turismo. A expectativa é que a empresa vencedora, assim que definida, comece as obras ainda neste ano.

Coordenador Cultural do Museu, o historiador Oscar Correa destaca a importância da obra. “A revitalização se faz necessária para a preservação da estrutura física e para a comunidade dos visitantes e das pessoas que aqui trabalham”, comentou. Para ele, a climatização do espaço é hoje uma das principais necessidades do ponto turístico, cujo prédio é datado de 1899.

HISTÓRIA - Instalado no prédio do antigo Mercado do Peixe, o Museu do Rio está situado na margem esquerda do Rio Cuiabá e foi construído durante a reurbanização da Avenida Beira Rio.

Durante a década de 70, o mercado chegou a receber a tradicional Feira do Porto, mais tarde transferida para o atual Mercado do Porto. Em 1983, o prédio foi tombado pelo Governo de Mato Grosso e, dezesseis anos mais tarde, as instalações passaram por obras de revitalização para abrigar o Museu do Rio, que recebeu o nome de “Hid Alfredo Scaff”.

O local preserva a história da capital mato-grossense por meio de fotografias, artesanato, obras de arte sacras e maquetes que retratam a cidade. Ao lado também fica o Aquário Municipal.