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Cidades/Geral
Quarta - 03 de Dezembro de 2014 às 22:27

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Cerca de 80 médicos, de todas as clínicas, que atuam no Hospital Regional de Colíder ameaçam paralisar em 100% dos atendimentos a partir do dia 7 de dezembro (próximo sábado) em protesto ao Governo do Estado pelo não recebimento de honorários referentes aos meses de julho, agosto, setembro e outubro.

Desde o dia 6 do mês passado a categoria suspendeu as cirurgias eletivas (agendadas) e vai deixar de atender os casos de urgências e emergência também sem uma solução para o problema. A estimativa é de que cerca de 200 mil pessoas sofram prejuízos sem o atendimento da unidade, que é referência na região e também atende a municípios do estado do Pará.

Nessa semana, a categoria encaminhou ofício informando a situação para o Governo do Estado, Ministério Público Estadual (MPE), Secretaria Estadual de Saúde, Conselho Regional de Medicina (CRM) informando quanto à suspensão de todo e qualquer atendimento até a normalização dos pagamentos.

A unidade de saúde está sob intervenção do governo desde maio de 2014 e anteriormente era gerenciada pela organização social de saúde (OSS) – Instituto Pernambucano de Saúde (IPAS), que atuava desde o ano de 2012.

“Não podemos ser penalizados e muito menos a população. A juíza local é que vai ter que decidir sobre a situação. Claro, as pessoas que estão internadas, aquelas que estão na UTI vão receber atendimento e haverá solicitação para transferência para outras unidades. Nós não temos culpa dessa situação e temos compromissos que foram assumidos”, explica o representantes de todo o Corpo Clínico do Hospital Regional – Antônio Batista de Queiroz. A estimativa feita pelo profissional é de que cerca de R$ 3 milhões sejam devidos em honorários médicos.

Para a gerente da Coorperativa dos Anestesistas de Mato Grosso, Flávia Maria Fernandes, essa é uma situação insustentável, considerando que todos possuem compromissos que devem ser honrados e que sempre existiu boa vontade e diálogo das categorias.

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso, via assessoria, reconhece os atrasos e afirma que a IPAS deixou uma série de pendências administrativas e financeiras a serem sanadas. Reiterou que o Estado vem trabalhando para que resolver essas questões, mas que é necessário primar pelo equilíbrio orçamentário e que uma série de pagamento de dívidas em atrasos vem sendo efetuados e, consequentemente os valores serão cobrados da empresa judicialmente, para ressarcimento. Já foram protocolizados pedidos de ressarcimento que chegam a R$ 500 mil. Reiterou ainda que o Estado sempre manteve o diálogo com a categoria e que não crê em uma paralisação de 100% dos serviços, o que iria ferir os direitos dos cidadãos.





Fonte: Olhar Direto

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