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Politica Brasil
Segunda - 22 de Dezembro de 2014 às 13:15

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O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) foi nesta sexta-feira (19) à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedir rapidez na apresentação de inquéritos ou denúncias sobre corrupção na Petrobras. Ele protocolou ofício dirigido ao procurador-geral, Rodrigo Janot, com o objetivo de, segundo ele, fazer a “separação do joio do trigo”.

Lindbergh é um dos parlamentares que aparecem numa lista, divulgada nesta sexta pelo jornal “O Estado de S. Paulo” de nomes citados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, investigado por operar desvios em contratos na estatal para pagar propina a políticos.

O senador negou que seja alvo de qualquer acusação no caso (veja vídeo abaixo), e disse que foi citado porque se reuniu três vezes com Costa em janeiro deste ano para conversar sobre doações para sua campanha a governador do Rio de Janeiro.

“Além de ilegal, eu acho uma irresponsabilidade você vazar nomes de uma delação premiada juntando no mesmo grupo políticos que são acusados de corrupção e outros que foram apenas citados. Eu tive meu nome citado pelo Paulo Roberto em relação à campanha de 2014, nenhum envolvimento com nada de corrupção. Juntaram tudo de uma forma que vai trazer um desgaste político muito grande”, protestou o senador.

Ao confirmar o teor da reportagem do jornal, Lindbergh disse que não sabia do envolvimento de Paulo Roberto com irregularidades na Petrobras à época das reuniões, em janeiro. “Ele já estava fora da Petrobras há muito tempo e foi discutir sobre nosso programa de governo para a área de petróleo e gás para a economia fluminense”, explicou.

“Numa dessas reuniões, a gente discutiu como ele poderia conversar com algumas empresas para fazer doações legais para nossa campanha. Aquilo não se concretizou porque ele foi preso”, completou o senador, em referência a prisão do ex-diretor, em março, pela Operação Lava Jato.

Delações

Segundo apurou o G1, o plano do Ministério Público é pedir ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquéritos (investigações) ou apresentar denúncias (acusações) contra políticos envolvidos somente em fevereiro de 2015, após o recesso do Judiciário.

Só nesta fase serão conhecidos os nomes de parlamentares, ministros ou governadores citados por Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef, apontado como responsável pela lavagem do recursos desviados.

Ambos tiveram as delações premiadas homologadas pelo ministro Teori Zavascki, pelas quais se comprometeram a apontar nomes, delitos e meio de obtenção de prova em troca da redução de pena em eventual condenação.

Pelo cronograma, só a partir de 2 de janeiro o Ministério Público começaria a separar o conteúdo das delações, de modo a definir quem será investigado futuramente no STF (instância máxima do Judiciário, que julga deputados, senadores e ministros); no Superior Tribunal de Justiça (onde governadores respondem a processos); e também na Justiça Federal no Paraná (que julgará as pessoas sem o chamado foro privilegiado).





Fonte: Do G1

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