Vendas de smartphones batem recorde e crescem 50% no 3º trimestre
A venda de smartphones no Brasil bateu mais um recorde no terceiro trimestre, segundo relatório da consultoria IDC Brasil. O mais recente levantamento da empresa mostra também que o brasileiro está pagando menos por celulares mais sofisticados. Os modelos do sistema Android continuam disparados na preferência, mas engana-se quem pensa que o iPhone é o segundo colocado. De acordo com a pesquisa, o sistema Windows Phone ultrapassou o iOS, da Apple, no País.
Entre julho e setembro de 2014, segundo o levantamento, foram vendidas cerca de 15 milhões de unidades. Na comparação com o mesmo período no ano passado, o crescimento foi de 49%, enquanto o aumento foi de 11% em relação ao trimestre de abril a junho. É um recorde para o setor, que também vendeu 4,7 milhões de celulares comuns (os chamados "feature phones").
Segundo o analista de pesquisas da IDC Brasil Leonardo Munin, novamente os resultados de vendas superaram nossas expectativas.
— Os smartphones não foram impactados pelos problemas que afetaram outros mercados e a tendência é que mais um recorde seja quebrado no próximo trimestrel.
Para Munin, alguns fatores contribuem para a popularização dos aparelhos - em especial, a oferta de aparelhos mais baratos.
— No começo de 2011, o preço médio de um smartphone era de R$ 900. No segundo trimestre, caiu para R$ 700 e agora está em R$ 500.
A previsão é de que os bons ventos continuem a soprar para a indústria. De acordo com a IDC, outubro de 2014 foi o mês com o maior número de vendas de smartphones da história. Foram mais de 7 milhões de aparelhos vendidos e, a título de comparação, apenas 2 milhões a menos do que foi vendido em todo o ano de 2011. Além disso, o smartphone foi também um dos itens mais procurados da Black Friday, dia com ofertas especiais. Para todo o ano de 2014, a IDC estima vendas de 55 milhões de celulares inteligentes.
O comportamento das redes varejistas também influi nas vendas de smartphones, segundo a IDC. Fatores como familiaridade e facilidade de obtenção de crédito puxam o consumidor para estes estabelecimentos, pontua a consultoria.
A IDC destaca que os aparelhos intermediários (de R$ 450 até R$ 900) ultrapassaram os de entrada (até R$ 400) e já representam metade do mercado brasileiro. Para a consultoria, o movimento é positivo e mostra que "o consumidor está entendendo melhor a questão do custo benefício e concluindo que o preço mais alto significa um aparelho também com mais qualidade e recursos".
Sistema operacional
Dos aparelhos vendidos entre julho e setembro de 2014, 91% tinham o Android como sistema operacional. A novidade do período foi o Windows Phone, que ultrapassou o iOS depois de dois trimestres em terceiro lugar, sinalizando que o ano deve encerrar com o Android em primeiro lugar de mercado, com iOS e Windows Phone, tecnicamente empatados.
A tendência das telas grandes continua em alta. Em 2011, 93% do mercado era composto de aparelhos com tela abaixo de 4 polegadas e, em 2014, projeta-se que o mercado de smartphones termine o ano com mais de 63% de telas acima de 4 polegadas. Com relação aos phablets — dispositivos acima de 5 polegadas —, a IDC acredita que até o fim de 2016, 50% do mercado mundial seja composto por phablets.
No Brasil, esse índice deverá ser atingido até 2018, sendo que, em 2013, os aparelhos com tela acima de 5 polegadas representavam cerca de 7% do mercado e neste ano já devem representar 15% do total de smartphones.
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