Misteriosas manchas fluorescentes iluminam o mar de Hong Kong Fenômeno conhecido como 'mar brilhante' pode ser sinal de poluição. Proliferação excessiva de organismo unicelular provoca brilho.
A costa de Hong Kong foi tomada recentemente por misteriosas e fascinantes manchas de azul fosforescente. Apesar da beleza, esse fenômeno é preocupante e potencialmente tóxico, segundo biólogos marinhos.
O brilho é um indicador da proliferação de um organismo unicelular chamado Noctiluca scintillans e o fenômeno é apelidado de "mar brilhante". A Noctiluca scintillans parece uma alga. Mas, tecnicamente, pode funcionar como animal ou como planta.
Esse tipo de proliferação é desencadeado por poluição agrícola, que pode ser devastadora para a vida marinha e para a pesca local, de acordo com a oceanógrafa da Universidade da Georgia Samantha Joye , que mostrou à Associated Press fotos da água brilhante.
'Magnífico, mas lamentável'
Brilho fosforescente azul é provocado por organismo unicelular chamado Noctiluca scintillans (Foto: AP Photo/Kin Cheung)
"Essas fotos são magníficas. É apenas extremamente lamentável que a misteriosa e majestosa tonalidade azul seja criada pela Noctiluca", afirmou Samantha em um e-mail nesta quinta-feira (22). De acordo com ela e outros cientistas, este é parte do problema que está crescendo no mundo todo.
Noctiluca é um organismo formado por uma única célula que come plâncton e é comido por outras espécies. O plâncton e a Noctiluca se tornam mais abundantes quando o nitrogênio e o fósforo de escoamentos agrícolas aumentam.
Diferentemente de outros organismos similares, a Noctiluca não produz diretamente substâncias químicas que posssam atacar o sistema nervoso ou outras partes do organismo.
Mas estudos recentes mostram que ele pode estar ligado a eventos que foram nocivos à vida marinha local. O papel da Noctiluca tanto de presa como de predador pode aumentar o acúmulo de toxinas provenientes de algas na cadeia alimentar, de acordo com o oceanógrafo R. Eugene Turner, da Universidade do Estado da Louisiana.
Apesar de fascinante, brilho pode ser sinal de poluição (Foto: AP Photo/Kin Cheung)
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